A mãe do menino Hallan Silva Ramos Ventura, de 7 anos, que morreu ao cair da janela do apartamento, prestou depoimento à polícia na noite de segunda-feira, 27, no Rio de Janeiro. Jéssica Silva Ramos, chegou na 20ª DP, em Vila Isabel, acompanhada de dois advogados e antes de ser ouvida, teve um desmaio.
No depoimento, Jéssica disse que saiu de casa às 5h da manhã de domingo, dia do acidente, para passear de barco em Ilha Grande. Segundo ela, havia um combinado com o Stephan Ventura, pai de Hallan para que ele fosse buscar o garoto e o irmão de 9 anos.
Ela mandou mensagem para Stephan na noite de sábado, 25, para confirmar o combinado, porém a mensagem não havia sido visualizada.
Segundo o depoimento, ela morava no apartamento com Hallan, o irmão dela Luis Felipe, a mãe Marise, os filhos Davi, de 8 anos, Hallan, de 7 e Luiz Octávio, de 4, além de Luiz Henrique, filho mais velho de Luis Felipe.
A avó de Hallan, Marise, disse em depoimento que é cuidadora de idosos e não estava em casa na hora do acidente. O irmão de Jéssica, Luis Felipe, também não estava em casa e o filho dele, Luiz Henrique, teria levado Luiz Octávio para ficar com a madrinha. Portanto, com base nos depoimentos, estavam em casa apenas Hallan e o irmão Davi.
Segundo Jéssica, ela havia pedido para Luiz Henrique levar os três filhos para a casa da madrinha. El disse também que deixou o dinheiro da passagem do ônibus para que o sobrinho os levasse e que faria um pix para ele voltar de Uber.
Ela disse que às 11h da manhã recebeu uma mensagem de Stephan, na qual dizia que não poderia pegar os filhos devido a um imprevisto. Uma hora depois, a síndica do condomínio a informou sobre o acidente. Jéssica disse, então, que voltou às pressas para o Rio de Janeiro.
De acordo com o Conselho Tutelar, Hallan subiu na janela para atravessar o apartamento por volta das 11h30, indo de um cômodo para o outro, porém ele escorregou e caiu. Apesar de o apartamento ficar no segundo andar, abaixo dele há outro apartamento, três pavimentos de garagem e o térreo, o que resulta em 20 metros de altura.
Agora, a Polícia Civil do Rio de Janeiro apura se o caso se enquadra em abandono de incapaz com resultado de morte.