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MDB busca eleger 50 prefeitos para cacifar Daniel ao governo

Vice-governador e presidente do partido em Goiás amplia as filiações de prefeitos, vereadores e lideranças ao MDB

Imagem ilustrativa da imagem MDB busca eleger 50 prefeitos para cacifar Daniel ao governo

Com a filiação do prefeito de Aparecida de Goiânia, Vilmar Mariano, e a vitória de Marcelo Paula como prefeito de Cachoeira Alta por meio de eleição suplementar realizada em 6 de agosto -, o MDB, partido presidido em Goiás pelo vice-governador Daniel Vilela, já contabiliza 35 prefeitos – além de 21 vice-prefeitos.

Ao menos seis destes gestores ingressaram na sigla depois que Daniel tomou posse como o número dois na hierarquia do Executivo goiano. Além de Vilmar Mariano, entraram nos quadros emedebistas: Major Eldecírio (São Luís de Montes Belos), Professor Kelton Pinheiro (Bonfinópolis), Kleber Marra (Caldas Novas), João Henrique (Porteirão) e Fabiano Queiroz (Campestre).

Semana passada, oficializou seu ingresso no partido o prefeito de Barro Alto, professor Álvaro Machado, que vai disputar a reeleição. Quem também disputará a reeleição pelo MDB, no ano que vem, será o prefeito de Ceres – cidade localizada no Vale do São Patrício -, Edmário Barbosa, que havia sido eleito em 2020 pelo Cidadania. Ele já esteve à frente do Executivo local por outros dois mandatos (2005-2008 e 2009-2012).

Vice-prefeito de Alexânia, o jovem Matheus da Silva Ramos esteve com Daniel Vilela na última quinta-feira, 23/11, em Goiânia. Ele confirmou o encontro com o líder emedebista para articular sua filiação ao MDB – mas ainda não assinou a ficha. Matheus tem 28 anos e quer disputar a sucessão do atual prefeito, Alysson Silva Lima (PP), que está em segundo mandato.

Como dirigente partidário, Daniel age habilmente na condução destas filiações, em alinhamento com o governador Ronaldo Caiado, a quem ele se refere como “líder da base aliada”.

As filiações destes prefeitos somam-se às outras que Daniel tem feito em eventos específicos, onde abona pessoalmente as fichas dos novos emedebistas. Como exemplo, em Trindade e em Bonfinópolis nesta semana, quando ingressaram oficialmente no partido o ex-prefeito da Capital da Fé, Jânio Darrot, e os vice-prefeitos destas duas cidades, respectivamente Pastor Alcione (que deixou o Republicanos) e Lucas Moreira (que saiu do PSC), além de lideranças e pré-candidatos.

“O partido quer garantir a eleição de pelo menos 50 gestores no ano que vem”, confidencia Daniel. Otimista, acredita ainda que meta pode ser batida e até ultrapassada, sobretudo com a parceria que será feita em vários municípios com o União Brasil de Ronaldo Caiado, que é o parceiro prioritário na montagem das alianças para as eleições municipais.

A movimentação do MDB, na capital e no interior do estado, tem tudo a ver com 2024. Mas não é só isso: já vem pensada para as eleições de 2026, quando o vice-governador, possivelmente à frente do Palácio das Esmeraldas, deve disputar a reeleição.

Alianças

Daniel Vilela se empenha para que MDB e União Brasil caminhem juntos, se possível com chapa única, em grande parte dos 246 municípios. Neste domingo (3/12), por exemplo, o União Brasil lançou candidato a prefeito (William Gregório) e o MDB a vice (Zezinho do Dé). O acordo é que onde o partido tiver candidato que lidera a pesquisa, dispute a prefeitura e o outro seja vice.

O vice-governador faz questão de manter diálogo com as legendas aliadas. Daniel compareceu ao ato de filiação do ex-deputado federal João Campos ao Podemos, na presença da presidente nacional do partido, deputada federal Renata Abreu. Podemos integra a base do governo Caiado.

O dirigente emedebista conversa também com o Republicanos, PSD, Progressistas, PDT, Avante, PRTB e outras siglas, em busca de alianças para os pleitos de 2024 e 2026. “Um passo de cada vez”, repete Daniel Vilela aos aliados, ou seja, agora o foco é a eleição municipal e, mais à frente, a sucessão estadual.

Partido é um dos mais estruturados em Goiás

De acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a menos de um ano das eleições municipais, o MDB destaca-se como o partido mais estruturado nos municípios de Goiás. Sob a liderança do vice-governador Daniel Vilela, apontado como o sucessor natural do governador Ronaldo Caiado (UB) para 2026, a sigla possui uma estrutura organizacional em 163 dos 246 municípios, compreendendo 152 comissões provisórias e 11 diretórios. Os dados do TSE foram obtidos pelo Jornal Opção.

Na sequência, encontra-se o PSDB, liderado pelo ex-governador Marconi Perillo. Após ter sua presença reduzida a 4 cidades em abril, os tucanos agora contam com 74 órgãos provisórios e 80 diretórios municipais, totalizando 154. Em uma situação praticamente oposta à dos emedebistas, o PT possui atualmente 148 órgãos definitivos e 5 provisórios, totalizando 153.

Quanto ao PL, liderado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, está presente em 142 localidades, mas ainda não constituiu diretórios. O União Brasil, liderado por Caiado, ocupa a quinta posição em presença, totalizando 141, sendo 103 comissões e 38 diretórios.

Nas duas maiores cidades de Goiás, Goiânia e Aparecida de Goiânia, tanto o MDB quanto o União Brasil encontram-se sem diretório ou comissão provisória. O partido do governador Ronaldo Caiado também não possui organização em Anápolis.

“O partido quer garantir a eleição de pelo menos 50 gestores no ano que vem”, afirmou Daniel Vilela. Otimista, acredita ainda que meta pode ser batida e até ultrapassada, sobretudo com a parceria que será feita em vários municípios com o União Brasil de Ronaldo Caiado, que é o parceiro prioritário na montagem das alianças para as eleições municipais.

A movimentação do MDB, na capital e no interior do estado, tem tudo a ver com 2024. Mas não é só isso: já vem pensada para as eleições de 2026, quando o vice-governador, possivelmente à frente do Palácio das Esmeraldas, deve disputar a reeleição.

Legados de Maguito e Iris em prol de Goiás

Empossado como vice-governador de Goiás, Daniel Vilela (MDB) teve um papel de destaque na aliança da legenda com a campanha de Ronaldo Caiado para o segundo mandato. Com a legenda fortalecida, ela pode contribuir na gestão caiadista e, assim, voltar ao protagonismo estadual em 2026.

Caiado conseguiu aglutinar a maior parte dos grandes partidos (12 no total); das lideranças estaduais expressivas; e o apoio de 230 dos 246 prefeitos goianos na campanha eleitoral do ano passado.

Daniel Vilela lembrou que os dois maiores líderes do partido no Estado – os ex-governadores e ex-senadores Iris Rezende e Maguito Vilela, já falecidos – lançaram a base para esta aliança com Caiado. “Iris e Maguito foram tão grandes, tão importantes, que não deixaram só o legado e o exemplo. Deixaram pronto o caminho a ser seguido por nós”, concluiu Daniel sobre a aliança entre UB e MDB. A filha de Iris, Ana Paula Rezende, também endossou seu apoio a chapa formada por Caiado e Daniel Vilela.

Ao atrair Daniel Vilela, Ronaldo Caiado enfraqueceu de vez as oposições. Primeiro, porque o emedebista representa renovação e, por isso, deu uma cara renovada para a chapa (somando experiência e juventude). Segundo, e crucial, porque atraiu para seu lado o partido que, ganhando ou perdendo, tem a maior estrutura política no interior. O MDB está enraizando em todos os municípios de Goiás.

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