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Médica afirma que abusos em menina de 2 anos eram antigos: 'Não começou ontem'

A médica Ana Cláudia Regert agiu rápido e denunciou os agressores da pequena Quenia Gabriela, após ver sinais de espancamento durante o atendimento.

A médica Ana Cláudia Regert se tornou uma personagem chave na descoberta dos abusos sofridos por Quenia Gabriela Oliveira Matos de Lima, uma menina de apenas 2 anos que morreu com sinais de tortura. Foi durante o atendimento na Clínica da Família Hans Jurgen Fernando Dohmann, em Guaratiba, que a médica identificou que não se tratava de um atendimento rotineiro e que a criança já estava morta quando deu entrada na unidade de saúde.

De acordo com Ana Cláudia, ao retirar a criança da sala de espera para avaliar seu estado, ela percebeu que a menina já estava desfalecida e em estado cadavérico. Isso fez com que ela desconfiasse da versão apresentada pelo pai e a madrasta de Quenia, que alegaram que a criança havia parado de respirar minutos antes.

A médica ainda tentou reanimar a criança, mas sem sucesso. Foi nesse momento que Ana Cláudia percebeu a gravidade da situação e as evidências de que os abusos sofridos por Quenia não haviam começado recentemente.

"Quando a gente colocou na maca e despiu para iniciar as manobras, era evidente que eram lesões que não tinham acontecido só ontem. Eram coisas que já vinham acontecendo há bastante tempo. Tinha lesões por queimadura, provavelmente de cigarro, no umbigo, área genital tinha alteração, tinha fissura anal, muitos hematomas no corpo de uma criança de 2 anos e 4 meses", lembra a médica emocionada.


		Médica afirma que abusos em menina de 2 anos eram antigos: 'Não começou ontem'
Quenia Gabriela Oliveira Matos de Lima .. Fonte: Reprodução/Internet

Ana Cláudia foi crucial para que as autoridades fossem acionadas e a investigação do caso pudesse ser iniciada. Ela correu até a delegacia para denunciar o pai e a madrasta da menina, Marcos Vinícius Lino e Patrícia André Ribeiro, e colaborou com as informações necessárias para que a justiça pudesse ser feita.

A história de Quenia Gabriela comoveu o país e reacendeu a discussão sobre a importância da denúncia de casos de violência infantil. A atitude da médica Ana Cláudia Regert é um exemplo de como o compromisso com a vida e com o bem-estar das crianças deve ser prioridade em todas as áreas da sociedade.

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