Membros do Movimento Brasil Livre (MBL), grupo político de extrema direita, invadiram o campus Perdizes da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) acompanhados de um cinegrafista, com o objetivo de criar conteúdo para a internet e provocar estudantes.
Amanda Vettorazzo e Arthur Scarance, ambos coordenadores do MBL, mentiram se identificando como membros da TV PUC para simular entrevistas com perguntas enviesadas que seriam utilizadas para constranger alunas e alunos.
O Movimento Estudantil da PUC-SP relatou que os membros do MBL gravaram os estudantes "fazendo perguntas capciosas como 'o que você acha do aborto?' ou 'o que você acha da liberação da maconha?' e reagindo de forma vexatória, envergonhando os jovens".
Ao perceberem o que estava acontecendo e se darem conta de que Amanda e Arthur são membros do MBL, os estudantes tentaram convencê-los a deixar a universidade, mas os dois teriam reagido com gritos e xingamentos, alegando que estavam exercendo o direito de "liberdade de expressão"
Integrantes do Movimento Estudantil passaram a gritar "recua, fascista, recua" e expulsaram os dois membros do MBL da PUC-SP.
Após serem expulsos da PUC-SP, Amanda Vettorazzo e Arthur Scarance alegaram que foram agredidos pelos estudantes, mas até o momento da publicação desta matéria não havia nenhuma imagem divulgada que comprovasse a agressão.
O Movimento Estudantil da PUC-SP repudiou a ação do MBL e declarou que "fascistas não entrarão em nossa universidade".
Em nota conjunta, o Centro Acadêmico 22 de Agosto informou que tomará "medidas judiciais cabíveis pela exposição indevida" dos estudantes.
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