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MP denuncia três homens por lavagem de dinheiro para o PCC

O MP-SP (Ministério Público do Estado de São Paulo) denunciou três homens acusados de usar duas fintechs em um esquema de lavagem de dinheiro.

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O MP-SP (Ministério Público do Estado de São Paulo) denunciou três homens acusados de usar duas fintechs em um esquema de lavagem de dinheiro ligado ao PCC. A denúncia tem como base fatos apurados pelo MP após informações fornecidas por Antônio Vinicius Gritzbach, assassinado em novembro do ano passado no aeroporto de Guarulhos.

O QUE ACONTECEU?

Segundo as investigações, os suspeitos utilizavam as fintechs para direcionar depósitos financeiros para contas de laranjas, das quais os operadores do esquema tinham total controle. Essas movimentações simulavam transações legítimas, sem despertar suspeitas de órgãos de fiscalização, como o Banco Central e a Receita Federal.

Além do uso de laranjas, o grupo realizava operações financeiras por meio de técnicas como smurfing (fracionamento de grandes quantias em diversas transações), uso de criptomoedas, empresas de fachada e empréstimos fraudulentos. Parte dos recursos era destinada à compra e venda de imóveis, ocultando os verdadeiros responsáveis pelas operações, que ocupavam posições de alto escalão dentro da facção.

As investigações tiveram como base informações fornecidas por Antônio Vinicius Gritzbach, que firmou um acordo de colaboração premiada com o MP-SP. Ele contou como era a logística utilizada pelos criminosos para a circulação de dinheiro de origem ilícita, e acabou assassinado no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em 8 de novembro do ano passado.

A denúncia ocorre no âmbito da Operação Hydra, realizada em 25 de janeiro pelo MP-SP e pela Polícia Federal. O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) formalizou a denúncia no dia 14 de março, mas o fato só foi divulgado hoje.

Para os promotores, os acusados devem responder pelos crimes de organização criminosa e lavagem de dinheiro, cometidos de forma continuada. Além da condenação pelos crimes, o GAECO pede que os denunciados sejam obrigados a pagar a quantia mínima de R$ 100 milhões a título de reparação e indenização pelos danos causados.

Foi pedida ainda a manutenção de algumas medidas cautelares. Entre elas estão a prisão preventiva, o sequestro de bens, a suspensão da atividade econômica e o afastamento do sigilo bancário e fiscal dos acusados.

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