Rafael da Conceição Barretto, policial penal do Complexo Penitenciário da Papuda, foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) por liderar um esquema de corrupção investigado na Operação Vili Pretio, deflagrada pela Polícia Federal. Entre os favorecidos no esquema, estavam empresários presos pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023.
Barretto teria usado chantagem emocional para obter vantagens financeiras de detentos e seus familiares. Ele enviava mensagens alarmantes sobre o estado de saúde dos presos para criar um senso de urgência e pressionar os parentes.
Os casos incluem a esposa de Adauto Lúcio Mesquita, empresário atacadista, que recebeu pedidos financeiros do policial, e a família do pecuarista Jorginho Cardoso de Azevedo, que foi pressionada a conceder empréstimos. Um amigo de Jorginho chegou a emprestar R$ 25 mil a Barretto.
Além das manipulações financeiras, Barretto permitia comunicações ilícitas entre presos e seus familiares, como mensagens de áudio e videochamadas, em troca de dinheiro, bens e até veículos.
O MPF denunciou Barretto por corrupção passiva majorada, prevaricação, comércio ilegal de artefatos bélicos e lavagem de dinheiro, além de solicitar a perda de seu cargo público em caso de condenação. Outros envolvidos também enfrentam acusações relacionadas ao esquema.