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Reprodução/TV Globo
O major da Polícia Militar Flávio Silvestre Alencar, preso durante a 12ª fase da operação "Lesa Pátria" deflagrada pela Polícia Federal, afirmou em um grupo de conversas de militares que "na primeira manifestação, é só deixar invadir o Congresso". Essa mensagem foi enviada em 20 de dezembro, anteriormente aos ataques terroristas ocorridos em 8 de janeiro, quando direitistas invadiram as sedes dos três poderes e as vandalizaram.
No celular do tenente Rafael Pereira Martins, que foi preso em fevereiro durante a 5ª etapa da investigação, foram encontradas as mensagens mencionadas. Isto evidencia ainda mais o consentimento tanto do major, quanto do tenente em relação aos atos golpistas.
Na troca de mensagens no grupo denominado "Oficiais PMDF", os policiais discutiram sobre possíveis manifestações em Brasília. Foi neste grupo que o major Flávio Silvestre Alencar afirmou que, em caso de protestos, seria melhor permitir a invasão do Congresso Nacional. No final da mensagem, ele adicionou "kkk", indicando tom de risada.
Flávio teria facilitado entrada dos golpistas
Flávio foi flagrado em um carro da corporação, que escoltava veículos para se afastarem da grade de contenção que impedia os apoiadores de Bolsonaro de avançarem até o prédio do Supremo Tribunal Federal, no dia 8 de janeiro.
O major foi identificado em imagens da Polícia Judicial do STF, onde desceu do carro e sinalizou para que a Tropa de Choque se retirasse do local.
Logo após os gestos do major, os militares prontamente entraram em seus veículos e começaram a se retirar do local. Cerca de dez minutos depois, os indivíduos envolvidos no golpe foram em direção ao Supremo Tribunal Federal sem encontrar obstáculos.
