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“Não tenho intenção de ser candidato em 2026”, afirma Haddad

Ministro fala sobre seu futuro à frente da pasta e relacionamento com Lula

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou que não tem planos de concorrer à Presidência da República em 2026 e reiterou a sua intenção de permanecer no cargo até o fim do atual governo. No entanto, destacou que a decisão sobre a sua permanência no ministério está nas mãos do presidente Lula (PT).

Em entrevista a um site de notícias, Haddad foi enfático ao declarar: “Não tenho intenção de ser candidato em 2026”. Em 2018, assumiu a tarefa de substituir Lula na corrida presidencial, após a decisão judicial que impediu o então ex-presidente de disputar o pleito, perdendo no segundo turno para Jair Bolsonaro (PL).

Sobre seu futuro na Fazenda, Haddad afirmou que o plano é continuar no cargo até o final. Contudo, destacou que a decisão de sua permanência cabe ao presidente Lula: “É uma atribuição que não é minha, não posso dizer uma coisa que compete ao presidente”, afirmou. “É uma pergunta constrangedora porque compete ao presidente responder.”

Histórico político de Fernando Haddad

Ao longo da última década, Haddad viveu uma ascensão política considerável no Partido dos Trabalhadores (PT), ao mesmo tempo em que enfrentou decepções em disputas eleitorais. Conhecido como uma figura de confiança do presidente Lula, Haddad conquistou a simpatia da cúpula do PT por não hesitar em assumir tarefas delicadas, como a de substituir Lula na eleição de 2018.

No entanto, em 2016, o ministro enfrentou um dos momentos mais difíceis de sua trajetória política. Naquele ano, o PT atravessava o auge da Operação Lava Jato e vivia o processo de impeachment que resultou na derrubada de Dilma Rousseff da Presidência. Haddad, que era prefeito de São Paulo, perdeu a reeleição no primeiro turno para o então tucano João Doria, o que o tornou alvo de questionamentos no próprio partido. Essa foi considerada uma das maiores adversidades na carreira política do ex-ministro da Educação.

Haddad chegou à prefeitura de São Paulo, em 2012, após uma bem-sucedida gestão no Ministério da Educação, cargo que ocupou entre 2005 e 2012, durante os governos de Lula e Dilma Rousseff. Em sua passagem pela pasta, foi responsável por importantes conquistas, como a criação do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), a implementação do ProUni, a expansão do Fies e do Enem.

Além disso, Haddad é reconhecido por sua habilidade política e capacidade de articulação, o que foi destacado por membros do comando petista. Em 2022, foi uma figura central na estratégia que viabilizou a candidatura de Geraldo Alckmin (PSB) como vice de Lula.

Nas pesquisas de 2022, Haddad apareceu como favorito na disputa pelo governo de São Paulo, mas acabou surpreendido na eleição, perdendo para o bolsonarista Tarcísio de Freitas (Republicanos). Apesar dessa derrota nas urnas, a confiança do presidente Lula em Haddad permanece intacta. De acordo com petistas, Lula nunca considerou deixá-lo de fora do primeiro escalão de seu governo.

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