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'Não tive chance de defesa. Me sinto humilhada', diz babá agredida em Manaus

Os agressores - a professora de Educação Física Jussana Machado e seu marido, Raimundo Machado, que é policial civil - estão presos

Imagem ilustrativa da imagem 'Não tive chance de defesa. Me sinto humilhada', diz babá agredida em Manaus

Quase dez dias depois de ter sido agredida em um condomínio no bairro de Ponta Negra, em Manaus (AM), a babá Cláudia Gonzaga afirma que se sente humilhada. "Eu só senti quando ela me empurrou. Ela já foi me batendo. Não tive chance de defesa. Eu me sinto humilhada", disse ao programa Fantástico, da TV Globo, do domingo, 27.

Os agressores - a professora de Educação Física Jussana Machado e seu marido, Raimundo Machado, que é policial civil - estão presos.

O tema ganhou repercussão por conta da divulgação das imagens de câmeras de segurança do condomínio. Cláudia é agredida com socos por Jussana enquanto é observada pelo marido. No chão, ela consegue se levantar em determinado momento e pede ajuda. Pouco depois, Ygor chega e já é agredido por Raimundo. Na briga, Jussana dispara contra o advogado, mas acerta o chão onde Ygor estava caído - ele é ferido pelos estilhaços.

Cláudia é baba do filho do advogado Ygor Colares, morador do condomínio onde tudo aconteceu. Os desentendimentos começaram em julho, de acordo com o advogado. "Eles me procuraram que a Claudia fazia fofoca sobre eles no condomínio. Eles ficaram irritados, esperando que eu fosse demiti-la."

Imagens obtidas pelo programa da TV Globo mostraram um episódio em que Machado impede a babá de entrar no mesmo elevador do casal. No segundo episódio, Jussana é flagrada apontando o dedo para a babá em uma área comum do condomínio.

Após o segundo episódio, Ygor foi à polícia com Cláudia e registrou queixa por ameaça, injúria e ofensas contra a babá. Ao saber pelo advogado disso, Jussana também registrou um B.O, alegando que teria sido ameaçada de morte por Ygor.

Defesa afirma que tiro não foi proposital

A defesa dos agressores nega que a motivação tenha sido por preconceito e afirma que o tiro não foi proposital.

"O motivo dos fatos não tem nada a ver com discriminação. Foi a respeito dessa confusão que já havia entre as duas. A violência, nesse caso, ela é injustificável, não tem justificativa para a forma como eles agiram. Mas o disparo foi acidental", afirma Arthur da Costa Ponte, advogado de Raimundo e Jussana.

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