A vice-presidente da Caixa Econômica Federal de Habitação, Inês Magalhães, disse na última terça-feira, 24, que o saque-aniversário com recursos do FGTS é um dos motivos pelos quais a modalidade de financiamento denominada “FGTS Futuro” não cresceu após entrar em rigor este ano.
O FGTS Futuro foi aprovado pelo Congresso em 2022 e lançado oficialmente pela Caixa em abril de 2024, mas não recebeu muita atenção desde então. Neste momento, o banco está a investigar as razões do fracasso desta operação.
De acordo com Magalhães, uma das razões é que o uso do FGTS Futuro foi afetado pelo saque-aniversário, defendendo que os recursos do fundo sejam preservados para habitação. Outra hipótese para a estagnação do FGTS Futuro é o pouco conhecimento do mutuário sobre como funciona a operação.
A utilização do FGTS Futuro permite a utilização de recursos que ainda ficam no fundo dos empregados para financiar os bens adquiridos no Minha Casa Minha Vida. A operação está disponível apenas para pessoas que ganham até R$ 2,6 mil, elegíveis à faixa 1 do programa. O objetivo é aumentar o poder de compra das pessoas de baixa renda.
Já o saque-aniversário, criado em 2020, permite que os trabalhadores retirem parte do valor em suas contas do FGTS a cada ano de acordo com o mês em que nasceram. Por outro lado, perdem o direito de sacar todo o saldo de sua conta do FGTS em caso de demissão sem justa causa, bem ficam limitados para usar o saldo para financiamentos imobiliários.
As declarações foram feitas no fórum Incorpora, organizado pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC), em São Paulo.