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Paciente morre após fazer cirurgia plástica em município do Maranhão

Um enfermeiro foi preso após fazer cirurgia ilegal, a paciente morreu

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A Polícia Civil prendeu nesta sexta-feira, 23, um enfermeiro acusado de exercício ilegal de medicina e homicídio doloso (quando há intenção de matar), o caso ocorreu no Maranhão.

A investigação aponta que o enfermeiro realizou um procedimento de abdominoplastia, que consiste em remover gordura e pele excessivas do abdômen, em uma mulher identificada como Erinalva de Jesus Dias, de 37 anos, no Hospital Municipal de Lago dos Rodrigues.


		Paciente morre após fazer cirurgia plástica em município do Maranhão
Fonte: Reprodução

Durante o procedimento a paciente passou mal e teve que ser transferida para o hospital de Bacabal, onde faleceu no dia seguinte. Os laudos da perícia apontaram com causa da morte o procedimento ilegal, isso motivou a expedição de um mandado de prisão preventiva contra o enfermeiro.

Segundo a polícia o enfermeiro, identificado como Alberto Rodrigues da Silva, usou documentos falsos e não possui habilitação para realizar procedimentos estéticos. O enfermeiro cobrou a quantia de R$ 5 mil pela cirurgia.

A família da vítima havia sido informada que a operação se tratava de retirada das trompas.

Uma amiga da vítima, D.S.S. que preferiu não ter seu nome revelado, contou que também fez um procedimento com o enfermeiro, por uma indicação da Erinalva.

"Ela me indicou esse falso médico. Um dia antes de morrer, quando ela fez a minha drenagem, me disse que seria operada na manhã seguinte. Eu alertei: 'mulher, não faça essa cirurgia', você não precisa, está ótima. Ela não me ouviu, foi a última vez que falei com ela”, relatou D.S.S.

“Tenho muito que agradecer a Deus por estar viva. Passei pela cirurgia antes da Erinalva, acredito ter servido de cobaia também. Ela me indicou o profissional, estou sem crer até agora que ele não é médico. Acredito que a Eri também não sabia. Ela me acompanhou durante toda a cirurgia, no antes, durante e pós", continuou.

A polícia também descobriu que o suspeito já foi indiciado por uma operação ilegal em um hospital da cidade de Turiaçu. O caso começou a ser investigado em julho de 2022 e foi descoberto que ele atuava com o nome falso de “Dr. Guilherme” e chegou a retirar o útero de uma paciente em um procedimento de histerectomia.

O enfermeiro ficou em silêncio durante todo o interrogatório e foi levado para uma unidade prisional.

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