
Eula Pereira da Silva matou uma onça-parda a tiros no interior do Piauí, justificando que o animal vinha atacando seus animais de criação. O caso ocorreu em uma área rural, e imagens do animal morto circularam nas redes sociais, gerando forte repercussão e questionamentos sobre o impacto da ação na preservação da fauna silvestre.
O pai da mulher afirmou que a decisão foi motivada pelos recorrentes ataques da onça, que já teriam causado prejuízos aos animais da propriedade. A situação foi registrada em vídeo, mostrando o animal abatido, o que provocou reações de ativistas ambientais e defensores da causa animal.
Autoridades ambientais investigam o caso, considerando que a caça de espécies silvestres é proibida pela legislação brasileira, salvo em situações excepcionais previstas em lei. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e a polícia ambiental foram acionados para apurar as circunstâncias da morte da onça e possíveis infrações ambientais.
Manoel e sua filha, Eula, foram autuados pelo Ibama com uma multa de R$ 45 mil, além de terem a espingarda utilizada no incidente apreendida. Ambos também responderão por maus-tratos aos cães envolvidos no ataque à onça-parda.
Em declaração, Manoel e sua esposa, Rosa Maria, afirmaram estar arrependidos e relataram surpresa com a grande repercussão do caso. Eles alegaram desconhecer que a ação configurava crime ambiental e destacaram que Eula está angustiada com a situação, ressaltando que a intenção não era obter qualquer tipo de benefício.
Manoel ainda declarou que não possui condições financeiras para arcar com o valor da multa. "Tenho quatro pessoas em casa, e nosso sustento vem exclusivamente do nosso salário", afirmou.