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Bilhetes encontrados na cela de Luis Alberto dos Santos Aguiar Junior, preso na Penitenciária de Presidente Venceslau (SP), revelaram um plano intitulado "resposta de sangue" pelo Primeiro Comando da Capital (PCC). O documento descreve ações orquestradas para atacar agentes públicos, manipular manifestações e enfraquecer o sistema prisional.
Os bilhetes, que estavam sendo destruídos pelo interno durante uma vistoria em 1º de novembro de 2023, foram recolhidos e analisados. O material indicava comunicações cifradas, mencionando termos como “sintonia dos gravatas” e “apoio resumo da externa”, mostrando a articulação entre lideranças do PCC dentro e fora dos presídios.
As investigações apontaram que a facção utilizava a ONG Pacto Social & Carcerário como uma frente para legitimar ações criminosas e mobilizar protestos públicos. Os planos incluíam manifestações em locais estratégicos, como o Fórum João Mendes e bairros periféricos de São Paulo, além de paralisações nos presídios. Faixas contra o sistema prisional seriam usadas para atrair a atenção da mídia.
Entre os detalhes do plano, o PCC previa a execução de três alvos específicos, referidos como “tiranos”. A facção acreditava que as represálias, embora esperadas, serviriam para alterar o tratamento dado aos detentos e demonstrar o poder do grupo.
A descoberta dos manuscritos foi um dos pilares da Operação Scream Fake, deflagrada pelo Gaeco e pela Polícia Civil em 14 de janeiro de 2025. A operação resultou na prisão de 12 pessoas, incluindo líderes da ONG Pacto Social & Carcerário e três advogados vinculados ao PCC. Mandados de busca e apreensão foram cumpridos em cidades de São Paulo e no Paraná. O núcleo de inteligência da polícia segue investigando o caso para desarticular a estrutura do grupo criminoso e evitar a concretização dos ataques planejados.
