A Polícia Federal deflagrou, nesta
quarta-feira (23/11), a Operação Quebra-Galho, que tem como objetivo
desarticular quadrilha responsável por desmatamentos na Terra Indígena
Xerente, localizada em Tocantínia/TO. A operação contou com o apoio da
Polícia Militar, Centro Integrado de Operações Aéreas-CIOPAER/TO e da
Fundação Nacional do Índio – FUNAI.
Ao todo, 52 policiais federais cumpriram seis mandados de busca e apreensão, expedidos pela 4ª Vara Federal de Palmas/TO, nos municípios de Tocantínia/TO, Rio Sono/TO e em Pedro Afonso/TO.
As investigações revelaram que vem ocorrendo, de forma sistemática, desmatamentos nas aldeias indígenas da etnia Xerente há vários anos. Indígenas e não-indígenas, casados com indígenas, estão praticando o desmatamento e a venda ilegal de madeira para comerciantes e atravessadores de cidades próximas às aldeias.
Até o presente momento foram identificados 16 suspeitos de terem participação ativa nos desmatamentos e comércio da madeira retirada ilegalmente.
Os atravessadores compram a madeira derrubada e fornecem insumos aos índios, como motosserras, gasolina, transporte e demais materiais necessários para a extração ilegal do vegetal.
Com o cumprimento das medidas pretende-se identificar todas as pessoas que têm envolvimento com os crimes ambientais ocorridos, bem como os compradores finais da madeira (receptadores).
Os envolvidos poderão responder pelos crimes de desmatamento de florestas em terras de domínio público, associação criminosa e receptação, cujas penas somadas podem chegar a 10 anos de reclusão.
Quebra-Galho é um recurso a que se recorre para resolver problemas ou dificuldades. É uma alusão ao nome do local onde ocorreu grande parte do desmatamento objeto desta investigação, ou seja, no entorno do córrego Galho Grande, na mata Jenipapo – TI Xerente, Tocantínia/TO.