A Polícia Civil do Maranhão está conduzindo uma investigação sobre a morte trágica de uma jovem indígena de 13 anos, que estava grávida e acredita-se ter falecido devido a abusos sexuais cometidos por seu parceiro, um adolescente de 16 anos. A vítima, identificada como Maria Joelsa Matias Vaqueiro Guajajara, estava esperando seu terceiro filho.
As autoridades estão examinando se a causa da morte está relacionada aos abusos sexuais supostamente praticados pelo companheiro. A confirmação desses abusos será obtida por meio de uma autópsia. A principal linha de investigação é o feminicídio. O incidente ocorreu na aldeia indígena Casarão, localizada em Grajaú, Maranhão.
Durante as investigações, a polícia descobriu que a adolescente havia sido internada duas semanas antes e que a equipe médica havia encontrado indícios de abuso sexual. Segundo o delegado Daniel Antunes, a família afirmou que esses abusos já vinham ocorrendo por parte do companheiro.
"A Polícia Civil do Maranhão, por meio da Delegacia de Grajaú, foi informada sobre a morte de uma jovem indígena de 13 anos, possivelmente devido a abusos sexuais, no hospital da cidade. Nossa equipe agiu prontamente, coletando informações no local. A vítima, uma menor de apenas 13 anos, estava grávida de dois meses e o suspeito do crime é seu próprio parceiro, também menor de 16 anos. Imediatamente, ouvimos os familiares, obtivemos os registros médicos e encaminhamos o corpo ao IML para determinar a causa precisa da morte, que ainda não está confirmada como sendo decorrente desses abusos, mas há uma forte suspeita. A menor já tinha um filho com esse outro menor de 16 anos, que é o agressor e possível autor, e estava grávida novamente dele. Mesmo durante a gravidez, ela era mantida em uma situação de abuso, conforme confirmado pela mãe e outros parentes da vítima indígena. O agressor já foi identificado e qualificado, e solicitamos sua internação e apreensão ao poder judiciário local. Assim que ele for capturado e detido por ordem judicial, a Polícia Civil fornecerá mais informações sobre o caso", declarou o delegado Daniel Antunes.