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Polícia Federal prende homem que matou promotor na praia

Pecci estava em lua de mel e sua esposa estava grávida

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Em uma ação conjunta com a Polícia Civil do Rio de Janeiro, a Polícia Federal (PF) prendeu, ontem (9) à noite, no Recreio dos Bandeirantes, um cidadão paraguaio, apontado como mandante do assassinato do promotor paraguaio Marcelo Pecci, morto a tiros em maio de 2022 durante uma viagem de lua de mel. O crime foi em Cartagena, na Colômbia.

O preso, que não teve a identidade revelada, era considerado foragido internacional e procurado pela justiça paraguaia e pela Interpol. Contra ele, entre outros crimes, pesam acusações por tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.

Após sua abordagem pela Polícia Civil e confirmação de identidade pela PF e autoridades estrangeiras, a representação da Interpol da PF formulou pedido de prisão preventiva para extradição do alvo, a qual foi deferida em caráter de urgência pelo STF, após parecer favorável da Procuradoria-Geral da República.

Ele permanece preso na Superintendência da PF no RJ até ser trasladado para o Sistema Penitenciário, aguardando o julgamento do processo de extradição.

Relembre o caso

Marcelo Pecci, morto na Colômbia, foi uma figura reconhecida nacional e internacionalmente por seu trabalho na luta contra o narcotráfico. De "promotor excepcional" a "servo impecável", multiplicaram-se os elogios a esse funcionário do Ministério Público do Paraguai que "começou de baixo", segundo o procurador-geral, e agora realizou casos de grande repercussão. Aqui está o que sabemos sobre ele.

Pecci estava na Ilha Baru, perto de Cartagena, junto com sua esposa, a jornalista Claudia Aguilera, quando dois homens desceram de um jet ski e atiraram nele.

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Recém-casado e esperando um filho

Marcelo Pecci havia se casado com a jornalista Claudia Aguilera há poucos dias: o casamento aconteceu no dia 30 de abril, segundo informações que ela compartilhou em suas redes sociais.

Pouco antes da notícia de sua morte, Aguilera havia compartilhado no Instagram que eles seriam pais. A mensagem, que acompanhava uma foto com sapatos de bebê em primeiro plano e eles se abraçando ao fundo, dizia: "O melhor presente de casamento é... a vida aproximando-vos do mais belo testemunho de amor".

Um promotor que "começou de baixo"

"Marcelo é um funcionário muito antigo. Começou como datilógrafo, começou de baixo, estava em uma carreira consolidada", disse a procuradora-geral do Paraguai, Sandra Quiñónez, acrescentando que sua morte "não será em vão" e em seu nome avançará "com mais força contra as estruturas criminosas".

A Unidade Especializada na Luta Contra o Narcotráfico na qual Pecci trabalhava foi criada em 2007 no Paraguai para investigar crimes relacionados a drogas.

Entre outros, sua função é desmantelar organizações que se dedicam ao tráfico internacional de drogas, à venda de drogas em áreas urbanas, eliminar laboratórios clandestinos, destruir plantações de maconha e prevenir a lavagem de dinheiro e bens provenientes do tráfico de drogas.

A unidade, que se articulou nacional e internacionalmente, disse por meio de nota que Pecci era um "servidor público impecável, de outra forma qualificado". Ele também destacou sua "coragem e firmeza" na luta contra o narcotráfico.

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