A Polícia Civil de São Paulo investiga o sumiço de 26 armas da sede da GCM (Guarda Civil Municipal) de Cajamar, na Grande São Paulo.
De acordo com o boletim de ocorrência, o sumiço das armas foi percebido no dia 22 de março, mas a ocorrência foi registrada somente na última terça-feira (9). A sala em que ficam as armas não tem câmeras e a fechadura apresentou problemas.
A Prefeitura de Cajamar afirma que afastou imediatamente os agentes envolvidos na guarda e vigilância das armas —sem informar quantos são— e uma sindicância, conduzida pela Corregedoria da Guarda Civil Municipal e pela Secretaria Municipal de Justiça, está em andamento desde o início do caso para "investigar todos os eventos relacionados ao incidente".
"Todas as investigações pertinentes estão sendo conduzidas pela Delegacia de Polícia Civil, após o registro do boletim realizado pela Secretaria Municipal de Segurança e Defesa Social", aponta trecho da nota.
O caso foi revelado pelo "Bom Dia SP", da TV Globo, e confirmado pela Folha.
Segundo o registro policial, o agente responsável pelo armazenamento e manutenção deu falta de sete armas em 22 de março, quando organizava o armamento de um grupo de guardas e percebeu que a caixa em que estavam os revólveres estava "diferente do habitual".
Esse agente, de acordo com o registro policial, fez uma breve contagem que totalizou 21 revólveres, quando o registrado eram 28. Como o inspetor da GCM não estava no local e, por ser uma sexta-feira, o agente deixou para comunicar o fato ao superior apenas na segunda-feira (25), a fim de "evitar alarde".
Ao ser comunicado, o inspetor ordenou uma recontagem e foi percebido que também faltavam 19 pistolas. No total, 26 armas sumiram do local.
Esse inspetor, de acordo com o registro, comunicou o fato ao comandante da corporação no dia 1º de abril, quando foi determinada uma varredura na sede, mas o armamento não foi localizado.
O registro do sumiço das armas foi registrado na Delegacia de Cajamar apenas na última terça-feira (9).
O agente relatou no boletim de ocorrência que as armas ficam em uma sala trancada com uma porta de metal com fechadura simples, grade de metal com cadeado e uma porta de madeira com fechadura. Ainda segundo ele, no dia 26 de fevereiro perceberam que a fechadura estava danificada, "talvez por mau uso".
A fechadura voltou a apresentar problemas dois dias depois e foi solicitada manutenção, mas não houve recontagem das armas na ocasião, de acordo com o registro.
O depósito não é monitorado por câmeras.
A SSP (Secretaria da Segurança Pública) afirmou que um inquérito policial foi instaurado para apurar as circunstâncias dos fatos, bem como para recuperar o armamento.