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Nove policiais militares foram presos preventivamente nesta sexta-feira (7) em Rondônia durante a operação "Soldados da Usura", conduzida pelo Ministério Público de Rondônia (MP-RO) por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Os agentes são suspeitos de integrar um esquema de empréstimos ilegais e extorsão que atuava no estado e em outras cinco unidades da federação.
Além das prisões, foram cumpridos 42 mandados de busca e apreensão em Rondônia, Goiás, São Paulo, Mato Grosso, Minas Gerais e Acre. A Justiça determinou o bloqueio de mais de R$ 73 milhões em bens dos investigados, incluindo imóveis, participações em empresas e veículos de luxo.
As investigações começaram após uma denúncia à Corregedoria-Geral da Polícia Militar de Rondônia, apontando que policiais militares realizavam empréstimos com juros abusivos e recorriam à violência, incluindo o uso de armas de fogo, para coagir as vítimas. Caso os valores não fossem pagos, os agentes tomavam posse dos bens dos devedores.
Para ocultar os lucros ilícitos, os suspeitos teriam construído uma draga para extração de ouro no Rio Madeira, caracterizando crime de lavagem de dinheiro. Além da usura e da extorsão, o grupo é investigado por estelionato e falsidade ideológica.
O Ministério Público identificou várias vítimas e disponibilizou um formulário para que outras pessoas afetadas possam contribuir com as investigações. Até o momento, a Polícia Militar de Rondônia não se manifestou sobre o caso.
