Um sargento da Polícia Militar de São José dos Campos, cidade do interior do Estado de São Paulo, morreu nesta quinta-feira, 18, após ser baleado por um investigador da Polícia Civil. A vítima trabalhava no 46° Batalhão de Polícia Militar do Interior (BPMI).
Câmeras de monitoramento da rua e vídeos gravados por uma testemunha registraram o crime. As imagens mostram os dois homens discutindo na rua antes do disparo. Na briga, o policial civil atira contra o militar na região do abdome.
O sargento aparece nas imagens caído no chão, ao lado de um carro, dentro da garagem de um condomínio residencial. Um terceiro homem socorre o policial militar, e o coloca dentro de um veículo. O PM foi levado ao Pronto Socorro do Parque Industrial, mas não resistiu aos ferimentos.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP-SP), tanto o PM como o investigador estavam de folga. Não há informações se o policial civil, suspeito de ter efetuado os disparos, foi preso. A pasta informou que a Corregedoria Auxiliar da Polícia Civil de São José dos Campos apura o caso, a partir da análise dos vídeos e outras provas.
"A Secretaria da Segurança Pública lamenta a morte do sargento, de 48 anos, que foi baleado por um investigador, de 43, na manhã desta quinta-feira (18), após uma briga em frente a um condomínio em São José dos Campos", disse a SSP em nota. "A autoridade corregedora ouvirá as testemunhas para auxiliar no esclarecimento dos fatos".
Morte de policiais por colegas
Este foi o terceiro caso de policiais atirando contra outros agentes em menos de uma semana. No último domingo, 14, um policial civil entrou em uma delegacia em Camocim, no Ceará (a 350 quilômetros de Fortaleza), durante a madrugada e disparou contra quatro colegas, que morreram na hora. As vítimas foram os escrivães Antônio Cláudio dos Santos, Antônio José Rodrigues Miranda e Francisco dos Santos Pereira, e o inspetor Gabriel de Souza Ferreira. O autor do disparo não teve seu nome divulgado.
Um dia depois, na segunda-feira, 15, um policial militar assassinou dois PMs com tiros de fuzil, em um quartel na cidade de Salto, interior do Estado de São Paulo. O atirador, identificado como Cláudio Henrique Frare Gouveia, disparou contra o capitão Josias Justi, então comandante da PM na cidade, e o sargento Roberto da Silva. Ele se entregou a polícia.