Uma policial civil, participante do Curso Tático Policial Feminino (CTAP) ministrado na cidade de Maracanaú, denunciou ter sido agredida com pauladas por um dos instrutores no dia 8 de junho. O curso contou com a participação de 44 mulheres, incluindo agentes de segurança do Corpo de Bombeiros, da Polícia Militar e da Polícia Penal. Além das alunas cearenses, também havia mulheres de outros estados, como Pernambuco, Maranhão, Paraná, Rio Grande do Norte e Piauí.
Segundo relatos obtidos pelo jornal Diário do Nordeste, a policial civil afirmou que o instrutor a ofendia verbalmente durante as agressões. Após o ocorrido, ela pediu para deixar o curso e retornou ao alojamento, onde foi procurada pelos organizadores do evento e outros policiais, que prontamente se desculparam pelo incidente.
Apesar das desculpas, a vítima recusou-se a voltar para o curso devido ao medo causado pela violência sofrida. A policial civil, de 53 anos e com 14 anos de atuação como investigadora da Polícia Civil no Maranhão, divulgou imagens dos hematomas nas redes sociais e relatou o ocorrido. Em sua publicação, ela denunciou o agressor, um cabo da Polícia Militar de Tocantins, e criticou o apoio que ele vem recebendo de sua instituição e dos participantes do curso.
Diante da gravidade das denúncias, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Estado do Ceará informou que abriu um inquérito para apurar o caso. Além disso, o instrutor responsável pela agressão foi afastado das atividades do curso. A vítima formalizou um Boletim de Ocorrência na Casa da Mulher Brasileira em 10 de junho, buscando medidas legais para responsabilizar o agressor.