Home / Brasil

BRASIL

Protesto de entregadores de aplicativos paralisa ruas de São Paulo

O grupo iniciou nesta manhã uma greve nacional de dois dias, para reivindicar melhores condições de trabalho e reajuste de remuneração.

Imagem ilustrativa da imagem Protesto de entregadores de aplicativos paralisa ruas de São Paulo

Um protesto de entregadores de aplicativo causa congestionamento em diversas ruas da cidade de São Paulo nesta segunda-feira (31).

O grupo iniciou nesta manhã uma greve nacional de dois dias, para reivindicar melhores condições de trabalho e reajuste de remuneração.

Houve congestionamento no entorno da praça Charles Miller, no Pacaembu, onde o grupo se concentrou durante a manhã, antes de saírem as ruas.

Os entregadores fizeram uma parada no vão do Masp (Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand), na avenida Paulista, que teve o tráfego bloqueado no sentido Consolação. Depois, eles devem seguir para a sede do Ifood, em Osasco.

Entre as principais demandas da mobilização estão o estabelecimento de uma taxa mínima de R$ 10 por entrega, o aumento do valor pago por quilômetro rodado de R$ 1,50 para R$ 2,50, a limitação do raio de atuação das bicicletas para até três quilômetros e o pagamento integral por pedidos agrupados.

Os organizadores da greve também citam supostas práticas antissindicais, como incentivos financeiros para desencorajar a participação dos entregadores na mobilização. Gil Almeida dos Santos, presidente do SindimotoSP, afirma que a greve ocorrerá em todo o Brasil, que conta com cerca de 1,8 milhão de entregadores e mototaxistas. Só em São Paulo, segundo Santos, a categoria tem entre 700 e 800 mil trabalhadores.

"Um dos principais desafios é o reconhecimento das empresas desses trabalhadores como parte do quadro efetivo de funcionários e não como colaboradores. Embora não seja uma vinculação tradicional, existe uma relação de subordinação e controle por meio dos algoritmos", afirma o presidente do SindimotoSP sobre os desafios associados à regulamentação da profissão.

No perfil Breque Nacional do Apps, trabalhadores da categoria têm se mobilizado ativamente sobre a paralisação e as demandas do movimento.

A REPORTAGEM teve acesso a um posicionamento enviado pelo Ifood para os entregadores do Breque Nacional. A empresa diz que está atenta ao cenário econômico e que estuda a viabilidade de um reajuste para 2025. O Ifood também argumenta que, nos últimos três anos, houve o aumento do valor mínimo da rota de R$ 5,31 para R$ 6,50.

A Amobitec (Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia), entidade que representa oficialmente plataformas de entrega, como Uber, 99 Taxi e Ifood, diz que respeita o direito de manifestação e informa que suas empresas associadas mantêm canais de diálogo contínuo com os entregadores.

Leia também:

Banner
Banner
Banner

edição
do dia

Capa do dia

últimas
notícias

+ notícias