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Reprodução
Uma professora do ensino fundamental foi demitida após beijar um estudante de 14 anos, em uma escola municipal de Praia Grande, em São Paulo. Nesta quarta-feira, 22, ela assumiu que queria "ter relações sexuais com ele".
À uma outra aluna, ela afirmou que encontrou o menino e um amigo na rua, então eles foram ao mercado e, após isso, até a casa dele. "Eles me levaram para casa, aí aconteceu", disse, por mensagem.
A mãe desta aluna recebeu as mensagens e denunciou a professora na diretoria da escola. Após o caso se tornar conhecido, tanto o estudante quanto seu melhor amigo passaram a enfrentar ameaças por parte de colegas do colégio.
As ameaças logo evoluíram para agressões físicas. Pelo menos três alunos espancaram um adolescente, incluindo o que teria beijado a docente, e precisou ser hospitalizado.
A Prefeitura de Praia Grande, por meio da Secretaria de Educação (Seduc), anunciou a demissão da professora devido ao comportamento inadequado. Além disso, declarou que a direção da escola informou o incidente ao conselho tutelar
A empresária e mãe do aluno agredido, Helena Cristina Andria, afirmou que a diretora da escola deu à professora o nome do denunciante, o que levou a ameaças e agressões. Poucas horas após a denúncia, o filho de Helena e sua amiga foram cercados por sete alunos, incluindo o adolescente beijado pela professora, mas conseguiu escapar correndo para dentro da escola.
Após o caso, as mães acionaram a Guarda Civil Municipal (GCM) e formalizaram uma denúncia de ameaça no 3º Distrito Policial local. Helena relatou que os alunos persistiram em intimidar seu filho, resultando em sua relutância em ir e voltar para a escola sozinhos.
O adolescente foi violentamente agredido com socos e chutes, as agressões foram interrompidas somente quando um vizinho interferiu. Ele foi levado ao Instituto Médico Legal (IML) com ferimentos na boca. Três dias depois, devido a dores abdominais, foi hospitalizado, onde foi diagnosticado com um hematoma interno causado pelas agressões, permanecendo internado sem previsão de alta desde sexta-feira, 17.
Helena confrontou a direção da escola após as agressões e descobriu que os pais dos alunos não foram informados, incluindo os pais do garoto envolvido com a professora. Seu advogado, Thiago Rodrigues, planeja denunciar a conduta da professora e da diretoria ao Ministério Público. Também será aberto um inquérito policial para investigar as agressões.
"A diretora deveria ter tomado cuidado, averiguado a situação e tomado a providência necessária em relação à professora e preservado a criança", disse o advogado.
