O estado do Rio de Janeiro bateu o recorde de estelionato em 2024, no período de janeiro a setembro, segundo dados do Instituto de Segurança Pública (ISP).
Só nesse período foram mais de 100 mil ocorrências, chegando a ser o maior número desde 2003, quando o índice começou a ser monitorado.
De acordo com os dados do ISP mostram que foram 109.887 casos de estelionato registrados pela polícia este ano, o equivalente a um golpe a cada 3,5 minutos de aumento de 25% em relação ao ano anterior. Os dados mostram que a maior parte dos registros da polícia é na Região Metropolitana.
Boa parte desse aumento pode estar relacionada à facção Povo de Israel, uma quadrilha que se concentra dentro dos presídios e se dedica a golpes por telefone, como o crime de estelionato.
Os golpes são: Falso sequestro e Falsa taxa.
Falso sequestro: de dentro de uma cela, um prisioneiro pega números aleatórios e finge ser um parente sequestrado por bandidos. Quando a vítima morde a vítima, outro detento assume a ligação e começa a exigir resgate.
Falsa taxa: os prisioneiros são vinculados a estabelecimentos comerciais e se passam por traficantes regionais. Falam que há dívidas e ameaçam o lojista com supostas retaliações.
Na última terça-feira, 22, a Polícia Civil do Rio cumpriu mandados contra o povo de Israel, que movimentou aproximadamente R$ 70 milhões entre janeiro de 2022 e maio deste ano com ataques via celular.
Segundo as investigações da Delegacia de Antisequestro (DAS), são centenas de vítimas por dia.