Considerada como segunda quaresma, pelo setor do varejo, campanha da Semana do Pescado (de 01 a 15 de setembro) visa estimular o consumo de peixe, frutos do mar e derivados em todo Brasil, fortalecendo a pesca e aquicultura; atividades que envolvem milhares de pessoas, além de movimentar economia em todo território brasileiro. Faz parte das metas da campanha a integração de toda cadeia produtiva (pescadores, aquicultores, distribuidores, peixarias, supermercados, bares, restaurantes, importadores e o consumidor final).
A Semana do Pescado foi criada pelo Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) para incremento da área pesqueira durante todo ano. Com mais de 200 milhões de habitantes, o aumento do consumo, por menor que seja, tem grande impacto na produção, emprego e renda. Além disso, o pescado oferece benefícios nutricionais (ômega-3, vitaminas e minerais) essenciais para a saúde.
“Em 2023, a Semana do Pescado terá edição especial. Tendo feito parte de sua criação, me sinto honrado em contribuir para seu fortalecimento. Completar 20 anos de realização demonstra sua importância para o setor e toda sociedade brasileira. Acredito que este ano será ainda melhor com maior participação do setor produtivo, empresas, varejo, Estados e Ministério da Pesca”, declara Altemir Gregolin, ex-ministro da aquicultura e pesca, presidente do IFC Brasil (International Fish Congress & Fish Expo Brasil) e membro da coordenação nacional do evento.
NOVIDADE DE 2023:
Descentralização de ações em grandes centros de produção e consumo de pescado visa maior adesão e alcance de cidades brasileiras, respeitando pluralidade da cadeia produtiva nacional (regionalidades e formas de consumo) desde produtores artesanais até grandes indústrias e pontos de comercialização. É importante a participação de representantes de todos os Estados da Federação que integram cadeia de comercialização do pescado. Possível apenas graças ao suporte de entidades parceiras que atuam em duas pontas: na oferta (setor produtivo) e no comércio/serviços de alimentação (junto ao consumidor final).
Outro destaque deste ano é a ampliação de informações sobre espécies e origem dos produtos com foco na boa qualidade e sustentabilidade do pescado. Objetivo é apresentar ao mercado inúmeras possibilidades de espécies provenientes da pesca e aquicultura, além da diversidade de produtos frescos, congelados e processados disponíveis. Pela versatilidade no preparo, limpeza e armazenamento, consumo de pescado não precisa ser apenas em datas especiais.
Durante o evento, haverá ações de impulsionamento e engajamento junto às indústrias, supermercados, restaurantes, feiras livres e outros pontos de venda no atacado e varejo, com atividades gastronômicas e afins para possibilitar maior acesso da população.
"A Semana do Pescado no Carrefour é um festival promovido para incentivar consumo de pescado, conscientizando consumidores sobre importância dessa proteína para saúde. Nesse período, o Carrefour oferece variedade de opções de peixes frescos e congelados em promoções especiais. Também são realizadas atividades para os clientes", explica Meg Felippe, Diretora do Carrefour.
SEMANA DO PESCADO 2022
Meta atingida e aumento de 30% nas vendas em todo país, movimentando e potencializando toda cadeia produtiva do pescado no Brasil e Estados Unidos (Nova Iorque).
De acordo com Fórum Nacional de Aquicultura e Pesca (FNAP), setor pesqueiro acumulou R$ 25 bilhões de PIB, gerado pela aquicultura e pesca, com 1,7 milhões de toneladas produzidas por ano e USD 400 milhões de exportações de pescado, criando direta e indiretamente cerca de 23 mil empregos para toda cadeia produtiva, incluindo famílias de pescadores e aquicultores em todo Brasil.
Mato Grosso do Sul
De acordo com o superintendente da pesca e aquicultura de Mato Grosso do Sul, Júlio ‘Buguelo’, que assumiu a pasta em abril deste ano, a Semana do Pescado é uma das iniciativas mais expressivas do calendário estadual quando o assunto é setor produtivo. “Temos uma diversidade de produtos, entre os frescos, congelados e até os processados, que estão à disposição do consumidor em peixarias espalhadas por toda nossa capital campo-grandense, por exemplo, além das redes de mercado que trabalham com a carne do pescado que vem de inúmeras partes do País”, pontua e complementa: nosso foco é na boa qualidade e sustentabilidade dos produtos, sem esquecer dos incentivos, estes essenciais para que o produtor tenha boas condições para produzir, independente da sua escala”.
A Prefeitura de Campo Grande, por meio da Secretaria Municipal de Inovação, Desenvolvimento Econômico e Agronegócio, é uma das entidades parceiras da iniciativa. “A ação busca tornar o consumo de pescado algo ainda mais presente no dia a dia do brasileiro, uma vez que é um alimento de grande importância nutricional. Nós, enquanto uma Secretaria que fomenta as iniciativas de desenvolvimento econômico estamos juntos nesta ação que impulsiona o setor produtivo e leva mais saúde para toda a população”, diz o secretário municipal de Inovação, Desenvolvimento Econômico e Agronegócio, Adelaido Vila.
Aumento nas vendas
Durante a campanha, a previsão é um aumento de até 50% nas vendas. Com suporte de entidades parceiras, além de empresas atuando em duas pontas: na oferta (setor produtivo) e na venda (junto ao consumidor final), os organizadores da Semana do Pescado buscam atingir todo o território nacional.
“Nossos restaurantes servem, semanalmente, peixe em seus cardápios com o intuito de diversificar as refeições e promover uma alimentação saudável, por um preço justo para o consumidor final. A Semana do Pescado vem reforçar essa atuação que, para o Sesc, já está intrínseca: de permitir acesso a produtos de qualidade, valorizando fornecedores locais, com a finalidade de promover saúde”, ressaltou Regina Ferro, diretora regional do Sesc MS.
Exportações
O pescado apresenta-se também como um dos produtos de origem animal com elevado crescimento mundial e brasileiro em relação à sua produção e consumo. Para ter uma ideia, o Mato Grosso do Sul respondeu por 1,34% da receita brasileira com exportações de carne de tilápia e ocupa o 4° lugar no ranking nacional das exportações da carne.
Se considerarmos que o agronegócio de Mato Grosso do Sul exportou US$ 5,12 bilhões no período e o resultado é 27,74% maior que o valor de igual período de 2022 em que a receita havia sido de US$ 4,01 bilhões, o pescado tem muito espaço para crescer. A participação do agronegócio representa 96,18% em relação a tudo que o estado exportou no período.