O valor da cesta básica sofreu aumento em 11 das 17 capitais analisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), que realiza a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos todos os meses.
O levantamento, feito entre dezembro de 2022 e janeiro de 2023, constatou um aumento significativo nas capitais do Nordeste, com 7,61% em Recife, 6,80% em João Pessoa e 6,57% em Aracaju.
Já o maior custo da cesta básica foi registrado em São Paulo, com um valor de R$ 790,57, seguida pelo Rio de Janeiro, com R$ 770,19, Florianópolis com R$ 760,65 e Porto Alegre, com R$ 757,33. Em Goiânia, o custo é de R$ 710,62, um aumento de 0,82%.
Segundo o DIEESE, o salário mínimo necessário em janeiro de 2023 para uma família de quatro pessoas se manter, deveria ser de R$ 6.641,58, ou seja, 5,10 vezes o valor atual, que é de R$ 1.302,00.
Para que uma pessoa que recebe um salário mínimo adquira uma cesta básica, o tempo médio de trabalho dela deve ser de 116 horas e 22 minutos.
"Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto de 7,5% referente à Previdência Social, verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu em média, em janeiro de 2023, 57,18% do rendimento para adquirir os produtos alimentícios básicos", afirma nota do DIEESE.
Valor dos alimentos
O arroz agulhinha sofreu aumento em todas as capitais. Em Goiânia, o aumento foi de 17,01%, este aumento se deve ao maior número de exportação, estimulada pelo câmbio, maior demanda e menor oferta interna. O feijão também teve alta no preço, com 51,04% em Goiânia, o segundo maior aumento em todas as capitais. O aumento do preço dos fertilizantes e menor oferta da leguminosa explicam esta alta.
A farinha de mandioca não escapou do aumento, o maior valor é explicado pela menor oferta da raiz e as chuvas nas regiões produtoras. O leite integral e a carne bovina tiveram queda no preço em Goiânia, com -0,82% e 1,62%, respectivamente.