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Vereador é absolvido pela Justiça após acusação de racismo: "é coisa de preto"

Declaração racista ocorreu durante uma sessão da CPI dos Aplicativos em maio de 2022, Ministério Público denunciou o caso

Foto: André Bueno/Câmara de SP Foto: André Bueno/Câmara de SP

O vereador Camilo Cristófaro (Avante) foi absolvido pelo sistema judiciário de São Paulo nesta quinta-feira, 13, após ser acusado de racismo.

Um áudio vazou no qual o vereador Camilo Cristófaro (Avante) proferiu a seguinte declaração: “Não lavaram a calçada (…) é coisa de preto, né?”, vazou durante uma sessão da CPI dos Aplicativos em 3 de maio de 2022. O Ministério Público de São Paulo apresentou queixa de racismo contra o vereador em decorrência desse episódio em julho de 2022.

Durante a decisão, o juiz Fábio Aguiar Munhoz Soares destacou a necessidade de comprovação não apenas da declaração em si, mas também da consciência e intenção discriminatória, afirmando que seria insuficiente recortar falas de seus contextos para justificação para que "possível fosse a condenação de quem quer que fosse”.

O Ministério Público argumentou na denúncia de que, ao proferir a frase "é coisa de preto", o vereador depreciou a comunidade de pessoas negras, ao associá-la a comportamentos negativos. Alegou também que essa afirmação garantiu estereótipos raciais negativos e perpetuou representações culturais pejorativas, demonstrando desprezo pelas pessoas negras e promovendo preconceito.

A equipe do vereador enviou uma nota em resposta, afirmando que "todos aqueles que o conhecem, sabem que sua intenção sempre foi trabalhar em prol da cidade de São Paulo, atendendo a todos de forma igualitária, sem fazer distinções". A nota também ressalta que "essa é a razão pela qual ele foi eleito e nunca deixou de cumprir seu papel como vereador."

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