O jornalista Caco Barcellos flagrou o exato momento em que acontecia uma reunião em que supostamente acontecia uma operação de compra de votos a favor de Jair Bolsonaro (PL). A tentativa de assediar o beneficiário do Auxílio Brasil viralizou nas redes sociais após ir ao ar na noite desta terça-feira (1º de novembro) em Coronel Sapucaia, no Mato Grosso do Sul, a 420 quilômetros da capital Campo Grande. O Ministério Público Eleitoral do Mato Grosso do Sul está investigando a denúncia.
No vídeo, o jornalista apurou que as pessoas presentes na reunião eram beneficiários do Auxílio Brasil, o jornalista perguntou para uma assessora da prefeitura local se a reunião tinha "alguma coisa a ver com voto”. A mulher claramente incomodada com o questionamento, mostrou extremo nervosismo começando a gaguejar enquanto falava com o repórter. “Tem a ver de demonstrar o que o presidente e o governador estão fazendo pelas pessoas”, respondeu.
As pessoas presentes na reunião ficam assustadas com a chegada da reportagem e começaram a esvaziar o local, o jornalista não decidiu e foi para a rua questionar o que já estava nítido: um esquema com finalidade de compra de votos.
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''Teria que votar no 22 porque
senão não teria mais verba para vir para cá''
Uma moradora da cidade que estava na ''reunião'' decidiu falar. A mulher declarou que durante a reunião vários servidores da prefeitura pediram para que todos os presentes informassem nome, número de documento além do número do telefone para enviar para “não sei para onde”. “Eu fui na reunião, chegamos lá e eles, sinceramente, falaram sobre o Auxilio BRasil, mas a outra parte foi só sobre política, que teria que votar no 22 porque senão não teria mais verba para vir para cá, porque parariam com tudo, com o asfalto, as escolas. Você chega lá e precisa do auxílio e o vale-renda para sobreviver, você muda o voto na hora para não perder o benefício. Isso é uma pressão sobre as pessoas”,
Após a divulgação do flagrante, o jornalista está sendo ameaçado de morte, Caco recebeu uma ligação informando que se ele quiser continuar na cidade realizando a gravação da reportagem seria por 'sua conta e risco'.