A viúva de João Paulo, Roseni Barbosa, discorda da decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que aponta o cantor Daniel como corresponsável pelo acidente que causou a morte de seu marido em 1997. A viúva afirma que a paz não chegará porque não foi comprovado que o carro estava com defeito, sem culpa de João Paulo.
O processo movido pela família de João Paulo teve início em 2002, e a BMW do Brasil e a BMW da Alemanha foram condenadas a pagar uma indenização de R$ 150 mil para Roseni e a filha Jéssica Reis. Os ministros consideraram que João Paulo dirigia a 170 km/h, sem cinto de segurança, o que fez com que a BMW fosse responsabilizada em apenas um terço do valor da pensão determinada em 1ª instância.
Em 2013, a BMW foi condenada a indenizar a família do cantor em R$ 300 mil e a realizar o pagamento de uma pensão. No entanto, em novembro de 2014, o Tribunal de Justiça reformulou a decisão, reduzindo os valores das indenizações.
A viúva de João Paulo afirmou que está insatisfeita com a decisão do STJ e que irá recorrer da decisão. Para ela, a BMW deveria ser responsabilizada integralmente pelo acidente, já que não houve comprovação de defeito no veículo.
O acidente ocorreu em 12 de setembro de 1997, quando João Paulo e Daniel estavam voltando de um show em São Paulo. O carro em que estavam, uma BMW 328i, capotou na Rodovia dos Bandeirantes, em Franco da Rocha (SP). João Paulo não resistiu aos ferimentos e faleceu no local. Daniel sofreu ferimentos leves e se recuperou posteriormente.
A decisão do STJ encerra uma longa disputa judicial que se arrastou por mais de 20 anos. A viúva de João Paulo, no entanto, não parece disposta a desistir da luta pela responsabilização integral da BMW pelo acidente que causou a morte de seu marido.