Por Deusmar Barreto
A coleta do lixo reciclável de Goiânia é a 3ª melhor do Brasil. Segundo ranking divulgado pelo jornal Folha de S.Paulo, tendo por base levantamento da Associação de Empresas de Limpeza (Abrelpe), a capital do estado recicla 5,7% dos resíduos produzidos. Por uma pequena margem, perde apenas para Florianópolis (SC) e Palmas (TO), ambas com 6%. “Como no mutirão, este é um trabalho feito a muitas mãos”, afirma o prefeito Iris Rezende numa referência às atividades dos catadores de materiais que atuam em cooperativas.
Iris implantou, em 2008, o programa Goiânia Coleta Seletiva, que completa 11 anos. Equipes vão de casa em casa em busca de materiais que possam ser reciclados e doados às cooperativas. A preservação do meio ambiente na cidade associa-se com a inclusão social ao oferecer inúmeras oportunidades a trabalhadores que queiram atuar no setor.
No dia 13 de fevereiro deste ano, o programa Goiânia Coleta Seletiva ganhou um capítulo especial com a inauguração de três novos centros de triagem para materiais recicláveis. A medida foi concretizada graças a uma parceria entre prefeitura de Goiânia, 15ª promotoria de Justiça do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO), Central de Trabalhadores dos Catadores de Materiais Recicláveis (Uniforte), Universidade Federal de Goiás (UFG) e cooperativas do setor.
Na solenidade que aconteceu na nova sede da cooperativa Carrossel, localizada no setor Santos Dumont, o prefeito destacou que “vocês nos ajudam a reduzir a quantidade de materiais que vão de forma desnecessária para o nosso aterro”. Naquele dia foram também inauguradas a Cooperfami, no setor Barra da Tijuca, e a Cooper Rama, na Chácara de Recreio São Joaquim. As novas centrais passaram a contar com galpões modernos, com placas de energia solar, aproveitamento de água de chuva, tratamento acústico e outros dispositivos de sustentabilidade.
Mais recentemente, no dia 03 de julho, o prefeito Iris Rezende assinou permissão de uso de área à Seleta Cooperativa de Catadores de Material Reciclável, de 2 mil m², no residencial Paulo Estrela. A organização conta com 20 famílias que atuam desde 2008 no Jardim Novo Mundo e, com o novo galpão, contemplará 50 famílias. “A prefeitura é parceira das entidades. Vamos incentivar para que cresçam, ajudem a criar empregos e a deixar a cidade mais limpa”, ressaltou Iris.
Projeto Cata-treco recolhe móveis e objetos para
evitar que sejam descartados de forma indevida
Outro instrumento à serviço da reciclagem é o projeto Cata-treco, implantado em 2011, integrado ao programa Goiânia Coleta Seletiva. Para quem vai dispensar algum móvel ou objeto, como fogão, sofá, televisão ou colchão, por exemplo, a Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) tem um serviço exclusivo e gratuito para recolher e facilitar o descarte desses móveis.
O objetivo do Cata-treco é evitar que estes materiais sejam descartados de forma indevida em vias públicas, lotes baldios, praças e margens de córregos, gerando inúmeros transtornos como poluição do ambiente e proliferação do mosquito Aedes aegypti. Todo material recolhido é repassado às 15 cooperativas cadastradas no programa, beneficiando diversas famílias. Os materiais não reaproveitados são encaminhados para o aterro sanitário.
Outro destaque é o Ecoponto Guanabara, inaugurado em maio de 2018. A população dispõe de espaços para depositar pequenos volumes de resíduos de construção civil, poda de árvores, móveis, recicláveis, eletroeletrônicos, óleo de cozinha e pneus. Essa foi a primeira unidade inaugurada em Goiânia. Está localizado entre as ruas GB-5 e GB-6, no Jardim Guanabara II.