Dois estudantes de Educação Física foram presos na manhã desta quarta-feira (17/7) suspeitos de praticar homofobia, que desde o último dia 13 de junho se enquadra no crime de racismo por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), após agredir um jovem, de 24 anos, no dia 6 do mês corrente, em uma rua do Setor Bueno, em Goiânia. Imagens de câmeras de segurança da região registraram o momento que ele apanha dos rapazes.
A vítima procurou à polícia e denunciou que foi agredida por ser homossexual. No registro do Boletim de Ocorrência (B.O) o rapaz contou que foi xingado e agredido por três pessoas, e que dois deles correram atrás dele na rua.
Nas imagens é possível ver que o rapaz caminha sozinho e quando ele é abordado por dois suspeitos. Na sequência um dos indivíduos começa a dar vários socos no rosto da vítima, que para fugir das agressões corre e é perseguido pelos agressores.
Em seu depoimento à polícia, o rapaz contou que antes dos socos, um terceiro envolvido que não aparece nas imagens jogou um copo de vidro no seu rosto e contou que não conhecida nenhum dos suspeitos do crime. O caso foi registrado pelo delegado Carlos Caetano Júnior do 4ª Departamento de Polícia (DP) de Goiânia.
O jovem disse ainda aos policiais que o terceiro envolvido, que jogou um copo de vidro em seu rosto, afirmou que a vítima merecia morrer. Em entrevista à um jornal local, o delegado do caso informou que registrou a ocorrência inicialmente como injúria e lesão corporal, mas vai ser mudado pois se enquadra na Lei de Racismo.
STF determinou que homofobia e Transfobia seja enquadrados como crime de Racismo
No dia 13 de junho deste ano o Supremo Tribunal Federal (STF) por 8 votos a favor e 3 contra tornou a homofobia e a transfobia em crime qualificado como racismo. A decisão do STF, entendeu que a prática pode ser qualificada dessa maneira para quem tiver condutas dicriminatórias homofóbicas e transfóbicas, contra homossexuais, transexuais, heterosexuais e que sejam identificados pelo agressor como Lésbicas, gays, bissexuais e transexuais (LGBTs).
*Com informações do G1