Nesta quinta-feira (18/07) a Polícia Civil do Estado de Goiás encaminhou para o judiciário o inquérito referente à Operação Trapaça, que ocorreu no último dia 9 de julho, cujo o alvo era Secretário Municipal de Transportes e Serviços Urbanos de Planaltina, José Álvaro Benevides, conhecido como "Cunhadinho, suspeito de receber propina de empresas do Distrito Federal para permitir que elas descartassem lixo em áreas públicas de Planaltina, no Entorno do Distrito Federal.
O secretário foi indiciado por poluição qualificada, peculato, corrupção passiva, associação criminosa, fraude processual e lavagem de dinheiro. Além dele, os empresários do Distrito Federal, empresários do DF Eduardo Luiz Martins, Alexandre Dutra e Ueber João Ataíde Moreira foram indiciados por poluição qualificada, corrupção ativa e associação criminosa.
As empresas envolvidas no esquema; ML Terraplanagem, Alexandre Dutra Desentupidora, Andaimes Martins e alocações Martins responderão por poluição qualificada nos termos da Lei de Crimes Ambientais.
O vice-prefeito da cidade, João Gonçalves de Lima Neto, interrogado na última semana, continua sendo investigado em dois inquéritos, sendo um decorrente da mesma investigação, apurando os crimes de poluição qualificada e fraude processual, pois haveria indícios de que João Neto participou da reunião que autorizou os empresários a praticar os crimes ambientais e também por fraude processual, por supostamente ter orientado testemunhas quando elas vieram depor na Delegacia.
O segundo inquérito apura o crime de peculato consistente na doação de cascalho pertencente à prefeitura da cidade. O ex-secretário Cunhadinho, foi preso no mesmo dia em que a operação foi deflagrada e continua à disposição da Justiça na Cadeia Pública de Planaltina-GO.
Na última segunda-feira (15/07), ex-secretário foi exonerado após o andamento das investigações. Ainda segundo a PC, Cunhadinho pode ser condenado à 44 anos de prisão.
Operação Trapaça
Deflagrada no início do mês, a Operação Trapaça tinha como objetivo desarticular o esquema de Cunhadinho. Segundo o delegado responsável pelo caso, o Cristiomário, o secretário ainda tentou forjar que o esquema era legal após a polícia dar início as investigações, além disso, ele usou um posto de gasolina para dar legalidade ao dinheiro recebido pelo esquema.
Além deste inquérito, Cunhadinho também é investigado pelos crimes de estupro de vulnerável e em um esquema de pagamento de propina a funerária para atuação sem licitação no cemitério da cidade.