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A mãe das gêmeas siamesas que nasceram ligadas pelo abdômen, na Bahia, Liliane Silva dos Santos, de 35 anos, deixou a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital onde deu à luz, nesta sexta-feira (16), um dia após o parto. Entretanto, segue internada na cidade de Santo Antônio de Jesus, no recôncavo do estado.
Ela estava em observação na UTI desde a manhã de quinta-feira (15), depois de perder muito sangue durante o nascimento das meninas e ter o útero removido por conta das complicações.
De acordo com a diretora médica do Hospital e Maternidade Luiz Argollo, Jussara Argolo, onde Liliane está, ela tem estado de saúde estável. A previsão é que ela deixe a unidade em até dois dias.
Todavia, as filhas, Laura e Laís não têm previsão de alta. As duas foram transferidas para o Hospital Materno Infantil, em Goiânia, onde passarão por cirurgia de separação. Segundo os médicos, as meninas têm estado estável de saúde e vão começar uma dieta via oral. Elas só devem deixar a unidade após a cirurgia, que, até então, não foi marcada.
As meninas nasceram no Hospital e Maternidade Luiz Argollo, na Bahia. De acordo com a diretora médica da unidade, a mãe das meninas chegou ao local após algumas horas na estrada, em busca de atendimento.
Segundo a médica, Liliane Silva mora na cidade de Piraí do Norte, a cerca de 120 km de Santo Antônio de Jesus, e tentou dar à luz em outros municípios do estado, mas não foi aceita nas unidades de saúde locais por conta da complexidade do caso.
Jussara Argolo conta que Liliane fazia acompanhamento no Hospital Geral Roberto Santos (HGRS), em Salvador, e já sabia que teria siamesas. A previsão era de que o nascimento ocorresse em cerca de 10 dias. No entanto, as meninas chegaram antes.
Ainda conforme a médica, a mãe das pequeninas chegou a Santo Antônio de Jesus com a irmã. O pai da criança estava trabalhando em outra cidade no momento em que a mulher começou a sentir as contrações.
O parto ocorreu por volta das 10h20 e durou cerca de uma hora. Juntas, as meninas tem 3,780 kg. Exames preliminares indicam que elas dividem o fígado e o intestino.
Informações do G1 Bahia
