Ontem, 25, policiais militares do 13º Batalhão prenderam um homem suspeito de estuprar a enteada menor de idade, no setor Carla Cristina na região noroeste de Goiânia.
Os abusos aconteciam há sete anos e segundo a polícia, o homem que era padrasto da menina, a ameaçava de morte caso relatasse os abusos a alguém.
A mãe da vítima percebeu uma deformidade no corpo da criança que apresentava características de gravidez e ao conversarem, ela confessou os abusos e disse que o padrasto a havia convidado para fugirem juntos para outro estado.
Diante da situação, a mãe acionou a Polícia Militar que, imediatamente deram voz de prisão ao autor do crime, que está sendo investigado pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM).
De acordo com o artigo 217 do Código Penal Brasileiro, se condenado ele pode pegar de 8 a 15 anos de reclusão.
O estupro em Goiás
Segundo dados repassados pela Secretaria de Segurança Pública do Estado de Goiás (SSP-GO), entre janeiro e junho de 2019, cerca de 450 casos de estupro foram registrados no estado. Ainda segundo informações do órgão, em relação ao mesmo período no ano passado, os casos de estupro aumentaram cerca de 7%. Entretanto, segundo dados do Mapa da Violência Contra a Mulher, foram noticiados em Goiás, mais de 1,6 mil casos de estupro. Mesmo com a discordância, são números que devem ser levados em consideração, pensando que a mulher não deve ser tratada como um ser passivo de ser controlado, sexualmente, por um agressor.
Com dados tão alarmantes entendemos que o fenômeno da violência sexual contra a mulher ocorre independentemente da situação econômica, racial, cultural e social. Com isso, é preciso debater abertamente que o consentimento para relação sexual é condição para sua consecução e ensinar para nossas crianças que não é não e isso é o que importa.