Começa hoje (09/8) no Dia Internacional dos Povos Indígenas, a 1ª Marcha das Mulheres Indígenas, em Brasília, ela tem como tema “Território: nosso corpo, nosso espírito”. A Marcha é fruto de uma extensa luta por reconhecimento e espaço dentro dos movimentos indígenas e perante a sociedade brasileira.
A realização da Marcha foi decidida durante o Acampamento Terra Livre 2019 pelas mulheres silvícolas com o objetivo de dar mais visibilidade às pautas que as cercam.
O ATL é uma grande Mobilização Nacional (MNI), que reúne os indígenas de todo o país há 15 anos em Brasília. A cada edição o ATL traz uma bandeira de luta que reflete o clamor das comunidades indígenas de todo o país.
A proposta do encontro é discutir com a sociedade a atual política para com os povos originários. A expectativa é que 2.000 mulheres de várias regiões do Brasil compareçam ao encontro. A Marcha vai até a próxima quarta-feira (14/8), nesse dia a Marcha das Mulheres Indígenas irá se juntar na luta pela educação, com a Marcha das Margaridas, será o encontro com as mulheres camponesas.
Mulheres indígenas e quilombolas da UFG se uniram ao movimento
A estudante do doutorado em Arte e Cultura da Faculdade de Artes Visuais (FAV) da Universidade Federal de Goiás (UFG), Mirna Kambeba Omágua Yetê Anaquiri, afirma que as mulheres indígenas e quilombolas da UFG se uniram às mulheres de todo o território nacional pela demarcação das terras, pelo direito a educação, pela permanência das bolsas de estudos do Ministério da Educação (MEC), pela saúde e pelo combate a violência que atinge mulheres indígenas e quilombolas.
De acordo com Mirna a primeira Marcha Nacional se unirá com a Marcha das Margaridas. “Mulheres do campo, da floresta, das águas e da cidade juntas pela Mãe Terra”, afirma. A estudante pertence ao povo da água- Kambeba Amazonas e, segundo ela os direitos dos indígenas estão sendo ameaçados e a terra pede socorro.
O objetivo principal da marcha é dar visibilidade às ações das mulheres indígenas do Brasil, discutindo questões inerentes às suas diversas realidades, reconhecendo e fortalecendo os seus protagonismos e capacidades na defesa e na garantia dos direitos humanos.