Exames de ultrassom da dona de casa Aline Parreira de Jesus, mostraram que elas estava grávida de gêmeos, porém, após o parto no Hospital Municipal Antônio Martins da Costa, em Quirinópolis, na Região Sul de Goiás, ela recebeu apenas um bebê. A mulher afirma que sentia os dois filhos na barriga e quer saber o que aconteceu com o outro, após ela dar à luz.
A Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO), que investiga o caso, acredita que seja um erro de diagnóstico. O hospital está ajudando na apuração e afirma que a mulher deu à luz apenas um bebê. Aline revela que está revoltada. “Estava esperando dois bebês, falaram que era dois, depois falaram que era um. Não entendi nada. Tem que aparecer o outro filho, de um jeito ou de outro", desabafa.
A dona de casa deu à luz na última sexta-feira (13/9) e recebeu alta dois dias depois. Ela afirma que entrou na sala de parto desacompanhada e que após a anestesia para a cesariana ela "apagou". De acordo com ela, não deixaram acompanhante ou o pai assistir o parto.
Segundo Aline, ao acordar ela se sentiu frustrada quando viu que apenas um bebê estava no berço. Ela afirma que questionou a equipe do hospital, porém, eles não explicaram o que aconteceu. A dona de casa destaca que teve uma gestação tranquila e que todos os exames apontavam que ela esperava gêmeos, além disso, ela também sentia que tinha dois bebês na barriga.
"Duas crianças mexendo, os dois chutando, formava a cabecinha dos dois na minha barriga. É angustiante. Estou preocupada com o outro bebê, porque isso não é normal. Ter os dois meninos na barriga e ganhar só um", ressalta. Após deixar o hospital, a família registrou a ocorrência na polícia.
Delegada que investiga o caso acredita que mulher esperava apenas um bebê
A delegada responsável pelo caso, Simone Casemiro Campi, afirma que foram apresentados a ela três exames de ultrassom, feitos em locais e com médicos diferentes e que todos apontaram uma gestação dupla. Porém mesmo assim, ela suspeita que a gravidez não era de gêmeos.
De acordo com a delegada, a princípio houve erro de diagnóstico e existe uma explicação médica para essa situação e, ela vai pegar detalhes quando for ouvir os profissionais envolvidos no caso. A advogada do casal, Sandra Garcia de Oliveira, enfatiza que os exames eram claros em relação à existência de dois bebês.
"Constam os batimentos de dois bebês, o peso de dois bebês, tudo tá comprovado pelas imagens que mostram dois bebês", destaca. Segundo o marido de Aline, Erivaldo Correia da Silva, que o hospital ainda emitiu duas declarações que confirmavam que os dois bebês tinham nascido. A advogada acredita que na verdade, houve um erro por parte da equipe médica do hospital.
De acordo com ela , a declaração foi preenchida na sexta-feira (13/9), quando a criança nasceu e no domingo (15/9), quando deram alta para a mãe e o bebê a equipe que estava de plantão era outra. Eles procuraram a documentação e não acharam e, então, emitiram outra, o que não é correto.
Depois a equipe achou a primeira declaração. Então a família ficou com as duas, dando a impressão de que eram de duas crianças. Mas todos os dados são idênticos, o que aparenta que a declaração foi feita em duplicidade.
Por meio de nota, a Secretaria Municipal de Saúde de Quirinópolis afirmou que não entregou a declaração de nascido vivo de duas crianças e, sim, de uma duas vezes. Segundo o órgão, isso é o que causou a confusão. De acordo com a secretaria ela está fornecendo toda a documentação para que o caso seja esclarecido na investigação.
Com informações do G1