Em meio a polemica do desmatamento e queimadas na Amazônia legal, precisamos encontrar saídas para o crescimento sustentável da região. Dados de crescimento da região mostram que o modelo implementado só traz mais miséria e enriquecimento de pequenos grupos de latifundiários ligados a agropecuária não sustentável.
Baseado nesses dados os números mostram que o modelo de crescimento da Amazônia nas últimas décadas desestimulou o fortalecimento da economia regional e a economia familiar, não elevou o padrão de vida da população e trouxe danos ambientais seríssimos que comprometem a própria existência da produção agropecuária no tocante a degradação do solo e mudanças climáticas
Ao revelar que em 98,5% dos municípios da Amazônia as condições de vida são piores que as de outras regiões do Brasil, o Índice de Progresso Social da ONG Progresso Social Brasil explica: o desempenho da região “está associado a um modelo de desenvolvimento fortemente marcado pelo desmatamento, uso extensivo dos recursos naturais e conflitos sociais”.
A conclusão do IPS da Amazônia, desmente a ideia de que o desmatamento para aumentar as superfícies que permitem o uso da floresta somente nas atividades agropecuárias, exploração das madeireiras ou de solo para mineração seja um caminho socialmente vitorioso para melhorar as condições de vida dos que vivem na Amazônia.
Em contraponto, práticas predatórias inibem a emergência de uma economia do conhecimento e pesquisa da natureza, já que todo o material é perdido pelo desmatamento ou pelo fogo, estimulando a permanência de um sistema de desenvolvimento predatório do que hoje pode ser chamado de economia de aniquilamento do nosso patrimônio natural.
O desempenho da região “está associado a um modelo de desenvolvimento fortemente marcado pelo desmatamento, uso extensivo dos recursos naturais e conflitos sociais”. A conclusão do IPS da Amazônia, desmente a ideia de que o desmatamento para aumentar as superfícies que permitem o uso da floresta somente nas atividades agropecuárias, exploração das madeireiras ou de solo para mineração seja um caminho socialmente vitorioso para melhorar as condições de vida dos que vivem na Amazônia.
Em contraponto, práticas predatórias inibem a emergência de uma economia do conhecimento e pesquisa da natureza, já que todo o material é perdido pelo desmatamento ou pelo fogo, estimulando a permanência de um sistema de desenvolvimento predatório do que hoje pode ser chamado de economia de aniquilamento do nosso patrimônio natural.
“Amazônia precisa de uma economia de conhecimento da natureza”, um estudo extenso de Ricardo Abramovay, economista brasileiro e professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo. Ele defende uma escola econômica de pensamento que reúne ética, preservação ambiental e sociedade em um artigo recentemente lançado sobre o tema.
A solução está no estudo e aprimoramento das Reservas Extrativistas ou Unidades de Conservação. Reservas Extrativistas são espaços territoriais de proteção dos meios de vida e a cultura de populações tradicionais, bem como asseguram o uso sustentável dos recursos naturais da área.
O sustento destas populações se baseia no extrativismo dos produtos que a floresta oferece viva em sua plenitude, na agricultura familiar de subsistência e criação de animais de pequeno porte não predadores em forma cooperativa ou não. A atividade não agride a natureza e está consonância com os povos da floresta e sua cultura milenar. As Reservas Extrativistas foram introduzidas pela Lei 9.985/00, que criou o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC), por sua vez regulado pelo Decreto nº 4.340/02.
As Unidade de Conservação (UC) são mais específicas e é a denominação dada pelo Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC) (Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000) às áreas naturais passíveis de proteção por suas características especiais que podem ser exploradas em função da exuberância natural disponível no local.
São “espaços territoriais e seus recursos ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente instituídos pelo Poder Público, com objetivos de conservação e limites definidos, sob regime especial de administração, ao qual se aplicam garantias adequadas de proteção da lei” (art. 1º, I).
O livro Xingu. Histórias dos Produtos da Floresta apresenta enormes possibilidades de manejo sustentável e lucrativo, Rodrigo Medeiros e Carlos Eduardo Young estimam que só nas onze Reservas Extrativistas que examinaram a produção de borracha natural oriunda da extração do látex nativo da seringueira sem destruir a arvore, podem render R$ 16,5 milhões por ano. Nas 17 Reservas Extrativistas que analisaram o potencial de geração de renda da coleta de castanha-do-pará sobe a R$ 39,2 milhões.
O conceito de Cidadão do Mundo no Século XXI é o mais correto, portanto, precisamos cada vez mais “pensar globalmente e agir localmente’.