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Alunos são obrigados a passar por revista íntima em colégio militar

Alunos do Colégio Militar João Augusto Perillo, na Cidade de Goiás, foram obrigados a passar por revista íntima para verificar se estavam com drogas. De acordo com uma aluna que fez a denuncia do caso, ela e vários outros colegas tiveram que ficar nus no banheiro do colégio.

A revista aconteceu na última sexta-feira (18/10). A ação aconteceu após uma denúncia de que estudantes estariam envolvidos com o tráfico de drogas. A adolescente que fez a denuncia revela que se sentiu invadida.

“Tinha uma policial no banheiro feminino e um policial no masculino. A gente tinha que tirar a roupa, abaixar cinco vezes. Eu mesmo sou uma das alunas que não quer ir para a escola pela vergonha que eu passei”, afirma a estudante.

A Secretaria Estadual da Educação (Seduc) acionou a Superintendência Escolar para acompanhar o caso. O Comando de Ensino da Polícia Militar afirma que está investigando o que aconteceu antes de tomar alguma providência.

Revista íntima em colégio não foi acompanhada pelo Conselho Tutelar

De acordo com a mãe da adolescente, os pais dos alunos e o Conselho Tutelar não foram chamados para acompanhar a revista. “Eu não tenho nada a reclamar do ensino, mas essa conduta eu achei muito violenta com as crianças”, ressalta.

Os pais dos alunos afirmaram que a direção da escola justificou que recebeu uma denúncia de que, estudantes estariam envolvidos com tráfico de drogas. A revista foi feita com alunos de uma única sala, que tem quase 40 estudantes.

O caso foi denunciado ao Conselho Tutelar, que encaminhou um relatório ao Ministério Público. Segundo o órgão, a apuração vai definir se a revista vai contra o Estatuto da Criança do Adolescentes (ECA).

O conselheiro Dionísio Teodoro dos Santos, afirma que colocar crianças e adolescentes em situação de vexame e de constrangimento, é crime.

Com informações do G1

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