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Elas por elas

Rariana Pinheiro

A chance empreender pode estar literalmente em suas mãos: um talento para cozinha, arte, escrita… Porém, para alguns, falta coragem de começar algo novo e arriscar perder a sonhada estabilidade. Pode carecer ainda embasamento administrativo, foco, planejamento, contatos e parcerias que sustentem o pontapé inicial. O que tem ajudado nesse aspecto são clubes que tem incentivado nomes talentosos a abrir o próprio negócio, unindo os conhecimentos que estão dentro do leque amplo do coach, como a Programação Neurolinguística (PNL). 

A pedagoga e artesã Eliene Moreira, 37 anos, por exemplo, sempre esteve dividida entre o sonho de desenvolver o lado de artista e manter o emprego estável (ela é concursada pela prefeitura). Se dependesse da opinião alheia, ela nunca, jamais,  passaria a transição profissional que está lhe dando tanto prazer atualmente: a produção de kits de mesversário e acessórios infantis personalizados.

Um dos apoios que lhe deu segurança para arriscar foi participar de um clube de apoio à mulheres, o chamado Club Women to Women (W2W Club), criado em Florianópolis (SC), mas tem espalhado por mais de 20 localidades Brasil e de Portugal e também possui uma filial em Goiânia.

“Enquanto a maioria das pessoas me desencorajou, me chamando de louca, o grupo e as meninas me deram força e mostraram que o poder de mudança estava dentro de mim. O clube é meu combustível diário”, celebrou ela, que hoje já conseguiu se desvincular de um período na escola onde trabalha para dedicar-se ao seu ateliê. 

Depois do sucesso dos docinhos que fez para a festa da filha, Emanuelle Cristhinne, 31 anos, pretende abrir uma confeitaria - Foto: Reprodução

Se libertar de práticas limitantes foi um dos aprendizados que mais a ajudou a vencer o medo. “As mudanças em mim foram imediatas, me transformei como mulher, como profissional e como pessoa, com o contato mulheres inspiradoras e empreendedoras. A doação e entrega é incentivada e depois que somos tão ajudadas temos a vontade de nos doarmos também”, revelou. 

Ousar é doce

Como já foi dito no começo da matéria, as oportunidades podem morar dentro de cada um. Aprimorá-las e ir além delas foi o caminho escolhido por Emanuelle Cristhinne, 31 anos. Após a decisão de fazer, ela mesma, os docinhos de aniversário da filha, se descobriu como uma cake design de mão cheia. “Depois da festa fiquei encantada, resolvi testar outros tipos de doces e aos poucos fui introduzindo meus produtos no mercado”, contou.

Suas delícias tiveram boa aceitação e, pela habilidade com os doces personalizados, os clientes começaram a pedir bolos. E ela os fez. “Estou com planos de abrir uma confeitaria, com produtos tradicionais e personalizados”, adianta Emanuelle. 

Sua ascensão profissional também se deve a W2W. O contato com os ensinamentos do grupo e com outras empreendedoras fortaleceu suas convicções e estruturou para tomar decisões e traçar metas. “Poder participar de encontros tão femininos e com um propósito me impulsionaram a fazer escolhas certeiras”, disse. 

O Segredo

Yraima Macedo, partner da W2W em Goiânia já era bem sucedida, mas com o clube conseguiu o que todos sonham: equilíbrio - Foto: Reprodução

A grande responsável pelas transformações dessas mulheres em empreendedoras  em ascensão é a empresária e coach Yraima Macedo, partner do W2W Club Goiânia. Ela, que atuava como fisioterapeuta, naa área de gestão, sempre ajudou a salvar vidas. No entanto, com a agenda corrida, filho pequeno, embora bem sucedida, sentia limitada e precisava de mudanças nas própria escolhas para, enfim, conseguir ajudar mais pessoas e, da forma como sempre quis. 

“Tinha uma carreira bem sucedida, mas que me distanciou do meu valor (meu marido e filho). Estar distante deles me fez estar distante dos meus sonhos”, disse a partner, que quando encontrou o clube sentiu-se, enfim, perto de sua missão: ajudar pessoas sem protocolos, regras e padrões da antiga profissão e fazer seus horários. “Consegui empreender e ter toda família perto, me vendo feliz. Pude ser eu mesma, a Yraima de verdade e na essência”, celebrou.

Ela entrou então em uma missão de autoconhecimento  e transformou-se em uma coach em Programação Neurolinguística (PNL), estrutura que estuda e oferece técnicas de intervenção para que  comportamentos sejam remodelados. “Escolhi a PNL porque é uma habilidade comprovada cientificamente de como trabalhar a nossa neurologia e ter comportamentos mais efetivos em nossa vida, para que conseguirmos conquistar qualquer coisa em nossa vida: desde aprender uma língua nova até desenvolver um trabalho mega importante”, disse. 

Logo, aplicou os conhecimentos da PNL para própria vida e hoje consegue contagiar as mulheres, historicamente prejudicadas no mercado de trabalho, através de eventos, palestras e interações nas redes sociais. 

“Quando conheci o clube, logo entrei em sintonia com ele, porque sabia que poderia fazer mais  para as mulheres. Sei como é difícil para nós ocuparmos cargos mais altos e até ter salários iguais aos dos homens. Eu abracei a causa e me apaixonei em ajudar outras mulheres através da minha mensagem, apoio e união”, ressaltou.

HAPPY BUSINESS HOUR


Um dos pontos altos das reuniões do clube são os encontros mensais, cheios de charme, palestras, mas que favorecem as parcerias, contatos, amizades, o network. “Os encontros tem energia e trazem conexões que podem mudar positivamente os negócios”, contou Yraima. Um desses encontros acontece hoje, no Restaurante Cateretê. O Happy Business Hour será realizado nesta quinta-feira (10), às 19h08, no Restaurante Cateretê.

Os encontros, de acordo com a partner, são engrandecedores, já que o trabalho do coach se tornou tão necessário à modernidade. “Com tanta tecnologia que nos engole e tantas doenças que são causadas por comportamentos nocivos, as pessoas estão querendo se descobrir mais. E nem todo mundo consegue fazer isso sozinho, precisa de alguém especializado e pronto, por isso o coach está muito em alta. Claro, que algumas pessoas criticam, como tudo que está fazendo sucesso. Mas sempre falo que o mundo precisa do coach, pois todos precisam se conhecer e desenvolver para lidar com as dificuldades cotidianas”, explicou Yraima.

Serviço

Happy Business Hour

Quando: nesta quinta-feira (10), a partir das 19h08

Onde: Restaurante Cateretê  (Av. T2 n. 138. Setor Bueno)

Ingressos: R$ 167,00 (welcome drink e open food)

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