Fábio Junior Oliveira Santos, de 38 anos, trabalhava como motorista de aplicativo e foi encontrado morto na zona rural de Varjão.
O corpo foi velado e enterrado hoje, 31, e é o segundo caso nessa categoria em menos de 20 dias. “Não tem como. A pessoa sai 5h para trabalhar voltar dentro de um caixão. Não é justo. Complicado”, disse Iris Oliveira Santos, irmão da vítima.
Segundo a esposa, a última vez em que se falaram foi na tarde da última terça-feira, 29, e desde então ela o procurou.
“Ele falou para mim que estava em frente ao Extra. Eu senti frieza na conversa dele, porque ele sempre me chamava de ‘meu amor’, ‘meu bem’. A corrida que ele pegou aqui em Senador Canedo, eles mudaram a rota. Eu creio que ele estava desde cedo com esses ladrões”, contou a esposa da vítima, Mayza Jacinto.
“Tem um áudio que parece que eles estão tirando o celular da mão dele. Depois desse momento eu não tive mais contato”, completou.
Os policiais encontraram o corpo do motorista com sinais de espancamento ao lado de outros dois que teriam morrido em uma troca de tiros. Mayza contou que só descobriu que o marido estava morto na tarde de ontem, 30, quando foi até a delegacia registrar o desaparecimento de Fábio Junior.
Motoristas se manifestam sobre os casos de violência
Os motoristas que atendem por aplicativo fizeram bloqueios na BR-153, na entrada de Goiânia, nos dois sentidos em forma de protesto pela falta de segurança e pela morte do segundo colega em menos de 20 dias.
“A gente tem medo. A gente não sabe se vai voltar. Minha mãe não dorme de noite. E eu trabalho é porque eu preciso”, disse o motorista Breno Ribeiro.
Controlados pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) eles faziam cercos a cada 20 minutos. Na manhã desta quinta-feira, eles se reuniram em nova manifestação na Praça Cívica, no centro de Goiânia. Novamente, eles pediram por mais segurança para a categoria.