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Travesti é encontrada morta pela família, em Goiânia

Rony Gonçalves, de 46 anos, foi encontrada morta ontem, 6, com sinais de esfaqueamento, no setor Jardim América, em Goiânia. Segundo familiares, a travesti estava em casa na noite anterior ao crime com um vizinho e um conhecido.

Ela morava em um cômodo no fundo da casa da mãe. A família estranhou que ela estava demorando a acordar e não estava atendendo o celular e foi chamá-la. Quando entraram no quarto ela estava nua, coberta com um lençol e com várias marcas de agressão.

“Eles [Rony e dois amigos] estavam juntos e o nosso amigo foi embora e ficou essa pessoa que eu não conheço. Ninguém ouviu nada durante a noite”, disse uma amiga que não quis se identificar.

A amiga disse ainda que Rony tinha vendido uma fazenda e tinha recebido R$ 35 mil, mas não sabe se isso pode ter alguma relação com o crime. Segundo a assessoria da Polícia Civil, o Registro de Atendimento Integrado (RAI) não consta nenhuma subtração no local do crime, ou seja, nenhum furto registrado. A polícia foi até o local para fazer uma perícia e começa as investigações.

O caso é investigado pela Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios (DIH) e pode ser classificado como Homofobia se comprovado a motivação do crime.

O crime de homofobia

No dia 13 de junho deste ano o Supremo Tribunal Federal (STF) por 8 votos a favor e 3 contra tornou a homofobia e a transfobia em crime qualificado como racismo.

A decisão do STF, entendeu que a prática pode ser qualificada dessa maneira para quem tiver condutas dicriminatórias homofóbicas e transfóbicas, contra homossexuais, transexuais, travesti, heterosexuais e que sejam identificados pelo agressor como Lésbicas, gays, bissexuais e transexuais (LGBTs).

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