Na última terça-feira (3/12), um catador de materiais recicláveis foi preso suspeito de matar o motorista por aplicativo Ismael Ribeiro, de 55 anos, em Goiânia. De acordo com a Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO), câmeras de segurança flagraram o momento em que o suspeito deu uma facada no pescoço da vítima.
Uingles Queiroz Costa, de 37 anos, já tinha sido detido há seis anos, por jogar uma bomba dentro de um ônibus. O suspeito confessou o crime ao delegado Francisco Costa, da Delegacia de Investigações de Homicídios (DIH), e afirmou que não teve intenção de matar o motorista.
O delegado acredita que houve a intenção de morte. “Essa história de que a vítima poderia ter pegado alguma coisa dentro do carro e ameaçado o suspeito, não foi confirmada pelas testemunhas no local. A vítima não chegou nem a descer do carro, ela estava sentada quando tomou a facada”, afirma o delegado.
O motorista foi esfaqueado na noite de segunda-feira (2/12), na Rua T-59, no Setor Bueno. Ele trabalhava como motorista por aplicativo há uma semana. As imagens das câmeras de segurança mostram quando o catador coloca um capuz, se dirige até um carrinho, pega uma faca e fere o motorista. Em seguida, ele foge.
Mesmo esfaqueada, a vítima dirigiu até chegar a um hospital particular que fica a 200 metros de onde foi ferida. O homem bateu o carro na porta de vidro da recepção e chegou a ser socorrido por médicos da emergência, mas não resistiu e morreu.
Suspeito de matar motorista por aplicativo foi preso em 2013
A Polícia Militar do Estado de Goiás (PMGO) prendeu o suspeito perto da quitinete onde mora no Setor Pedro Ludovico, em Goiânia. O homem trabalha como catador de materiais recicláveis e usa um terreno baldio ao para separar o material recolhido nas ruas.
De acordo com o coronel Edson Moura, na hora da prisão Uingles Queiroz alegou ter uma desavença com o motorista porque ele passou com o carro em cima de materiais que ele iria reciclar.
Segundo o delegado Francisco Costa, o suspeito já tinha sido preso por explodir uma bomba artesanal em um ônibus do transporte coletivo, em janeiro de 2013, que deixou uma estudante de 19 anos com 42% do corpo queimado.
"Ele foi condenado por esse fato e já cumpriu pena. Na época, alegou que ele mesmo fabricava os artefatos e os carregava consigo para se defender", revela Francisco Costa. Dias antes, ele jogou uma bomba dentro do carro de um casal, deixando ambos com queimaduras, em Anápolis.
Com informações do G1