“Que toda essa angústia passe nesse momento, Paí!”, foi assim que clamou Aledino Montes, presbítero da 3ª Igreja Presbiteriana Renovada de Goiânia. Ele pegava a mão de uma acompanhante de paciente que está na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital de Urgência de Goiânia Dr. Valdemiro Cruz (Hugo). Os voluntários estiveram no hospital para fazer com que o ambiente hospitalar seja renovado pela paz e o afeto.
Psicóloga do Hugo e Coordenadora do Departamento Multiprofissional, Letícia Vieira Montes Bernardes, explica que este tipo de ação é benéfica para a unidade hospitalar. O local é frequentado por pessoas que estão fragilizadas pela situação de ir à unidade. “São famílias, pacientes, que têm a esperança da melhora, da cura, da regeneração da saúde de quem está passando por um momento de doença. Não lidamos só com a fragilidade física, mas também com a fragilidade emocional”, disse. Segundo ela, são atos religiosos, independentes de crença, que fazem com que essa esperança e a fé sejam renovadas.
Profissionais da área de saúde também podem notar que o ambiente muda. “Temos de lidar com situações extremas diariamente. O medo que sentimos é transformarmos as situações em robotizadas. É esse tipo de atitude que nos proporciona saber que lidamos não só com a doença que aquele paciente sofre, mas com o sofrimento psicológico dele. Sabemos que a fé dele pode ser renovada em todas as oportunidades”, disse chere de enfermagem Janine de Paula.
A ação dos voluntários ainda contou com a presença de um veículo carregado com caldo, feito especialmente para alimentar quem esperava do lado de fora do hospital. “Aqui, com essas orações, com essa evangelização e essa sopa, me senti ainda mais tratada como humana. Esse hospital é diferente e noto todas as vezes que venho em uma visita e sou bem atendida pela recepcionista, tratada com carinho pelos corredores, e até pelos médicos que nos dão o parecer diário”, conta a técnica em administração Luciana Rodovalho.