Goiânia vive o maior volume de investimentos da sua história. Até o final de 2020, a capital receberá recursos para obras que superam tudo que foi investido na cidade nos últimos dez anos. Com a assinatura do contrato de empréstimo com a Caixa Econômica Federal, que garantiu mais R$ 780 milhões para investimentos. Com os recursos, uma série de obras será realizada em toda cidade, garantindo o atendimento de demandas por mobilidade, saúde, educação e drenagem urbana.
O início da atual gestão, iniciada em 1º de janeiro de 2017, foi marcada por um grave descompasso financeiro e fiscal, consequência de rombos deixados pelo antecessor que superavam R$ 1 bilhão, além de um déficit mensal de cerca de R$ 31 milhões. Também restava o pagamento da folha da saúde, num total de R$ 45 milhões. O trabalho de reequilíbrio das contas públicas do município levou dois anos e exigiu ações concentradas para conter os gastos públicos e uma responsável política de arrecadação, com a preocupação de se promover a justiça fiscal.
Ao fim do segundo ano de gestão, dada a política de contenção de gastos e maximização da receita e da reforma da previdência municipal, o déficit mensal foi contido e o prefeito Iris Rezende e sua equipe puderam comemorar o equilíbrio fiscal almejado. Ao fim daquele ano, o município fechou com um superávit primário de R$ 158 milhões, resultado que pavimentou o caminho para os investimentos almejados pela população.
Bus Rapid Transit (BRT)
Assim que assumiu, Iris Rezende encontrou as obras do BRT paralisadas há oito meses. Apenas 22% de todo projeto havia sido executado e a falta de pagamento da contrapartida da Prefeitura teria motivado a paralisação. Mesmo com toda dificuldade financeira experimentada pelo Município, em abril de 2017, o prefeito pagou a contrapartida devedora, num total de R$ 6,5 milhões e a obra continuou.
Em junho do mesmo ano, no entanto, por questionamentos feitos pela Controladoria-Geral da União e Advocacia-Geral da União, que alegaram sobrepreço em alguns itens da planilha da proposta vencedora da licitação feita em 2014, a obra foi novamente paralisada. Com a intervenção do Ministério Público Federal, o projeto do BRT, que a princípio contemplava todo trajeto, do Recanto do Bosque ao Terminal do Cruzeiro do Sul, num total de 27 quilômetros, foi desmembrado em dois trechos: o Trecho II, que engloba o percurso do Terminal do Recanto do Bosque, na região Noroeste, ao Terminal Isidória, no Setor Pedro Ludovico, financiado pelos recursos do FGTS, e o Trecho I, que designa o trecho compreendido entre o Terminal Isidória e o Terminal Cruzeiro do Sul, num total de 5 quilômetros e financiado com recurso do Orçamento Geral da União.
As obras do BRT foram retomadas em março de 2018 e não pararam mais. Com recursos garantidos para sua conclusão, orçados na ordem de R$ 262 milhões, as obras seguem aceleradas. No último dia 30 de novembro, uma grande obra intermediária do projeto foi entregue à população. A trincheira da Rua 90 com a Avenida 136 vai desafogar o trânsito no local e permitir o tráfego livre dos veículos do transporte coletivo do BRT. Cerca de 120 mil passageiros serão beneficiados pelo corredor expresso diariamente e outros 100 mil veículos que trafegam pela trincheira terão maior mobilidade.
Complexo Viário da Jamel Cecílio
Um dos pontos de maior fluxo de veículos da capital, o cruzamento da Avenida Jamel Cecílio com a Avenida Leopoldo de Bulhões e Marginal Botafogo, no Jardim Goiás, vai ser transformado para dar maior mobilidade aos mais de 150 mil veículos que trafegam diariamente por aquela região. A obra foi iniciada em agosto próximo passado.
O complexo viário é uma das maiores intervenções da atual gestão municipal e vai atingir três artérias de intenso fluxo diário de veículos – Avenida Jamel Cecílio, Marginal Botafogo e Alameda Leopoldo de Bulhões –, que dão destino à saída Sul da capital e a bairros e condomínios populosos, como o Parque Flamboyant, Alphaville, Portal do Sol, Alto da Glória e o próprio Jardim Goiás.
O empreendimento inclui três elementos diferentes de engenharia, nos mesmos moldes do que ocorreu no cruzamento da Avenida 85 com a Avenida T-63: o elevado, o viaduto em nível e a trincheira, e cada um deles atenderá a uma das vias atingidas. A Avenida Jamel Cecílio vai passar pelo elevado sobre toda a obra; no nível da Alameda Leopoldo de Bulhões será construída a rotatória, na rua já existente; e a Marginal Botafogo passará em trincheira por baixo de tudo. Sobre o viaduto será erguido um monumento, representando simbolicamente o traçado da obra, sendo o elevado o braço e a rotatória, a boca de um violão. A obra está orçada em R$ 26,1 milhões e será entregue até dezembro de 2020.
Prolongamento da Marginal Botafogo
As obras de prolongamento da Marginal Botafogo, no trecho que vai da Avenida Jamel Cecílio à Avenida 2ª Radial, no Setor Pedro Ludovico, também já começaram. O projeto inclui a reurbanização do Córrego Botafogo, compreendendo a implantação de pista lateral na margem direita do córrego, com o respectivo sistema de drenagem e recomposição do leito, conclusão da ponte da Rua 1018, canalização do córrego sob a Avenida 2ª Radial, construção das pontes da Avenida 2ª Radial e alças de acesso à mesma, no trecho entre as Avenidas Jamel Cecílio e 2ª Radial.
Viaduto ligando o Setor Universitário ao Jardim Novo Mundo
Com o propósito de atender uma população de cerca de 70 mil moradores dos setores Universitário e Jardim Novo Mundo, a Prefeitura iniciou em agosto próximo passado a construção de um viaduto sobre a BR-153, na altura da antiga Celg, hoje Enel. A obra, orçada em R$ 7,6 milhões, terá duração de 180 dias e a empresa construtora ficará responsável, durante cinco anos irredutíveis, por corrigir, reparar ou reconstruir parte ou total da obra que porventura apresentar defeitos ou incorreções.
Ponte sobre o córrego Cascavel
Em setembro último, o prefeito Iris Rezende assinou, também, a ordem de serviços para a construção da ponte sobre o córrego Cascavel, ligando os setores Jardim América e Vila Alpes, na altura da avenidas dos Alpes e Rua C-107, numa extensão de 74,6 m de comprimento por 23,6 m de largura. A ponte está sendo construída sobre o trecho 3 da Marginal Cascavel. Além de moradores da Vila Alpes e Jardim América, a ponte vai beneficiar moradores dos setores da região Sudoeste, como Jardim Ana Lúcia, Vila Mauá, Vila União, Vila Alvorada, Vila Bela e ainda os setores Bueno e Nova Suíça, atingindo mais de 120 mil pessoas. A obra está orçada em R$ 6,2 milhões e será custeada com recursos próprio da Prefeitura. O prazo para conclusão é de 180 dias.
Avenida Leste/Oeste
Com orçamento de R$ 68 milhões, incluindo as duas obras de arte e a revitalização da Praça do Trabalhador, a nova etapa da Leste-Oeste vai desafogar o trânsito em uma das regiões mais movimentadas de Goiânia. O trajeto da Leste-Oeste seguirá o leito da antiga estrada de ferro, saindo do seu tramo oeste na interseção com a Rua 74, no Centro da Capital, passando entre a Estação Ferroviária e entre a obra de revitalização da Praça do Trabalhador e a Rua 67-A, até encontrar a Avenida das Cerâmicas, na divisa com o município de Senador Canedo. As obras devem ser entregues até o final de 2020, beneficiando algo em torno de 320 mil pessoas.
Reconstrução asfáltica
Cerca de R$ 400 milhões, oriundos do empréstimo com a Caixa Econômica Federal, serão investidos para a reconstrução da malha asfáltica de 630 quilômetros de ruas – aproximadamente 628 ruas e avenidas - de 107 bairros de Goiânia. Serão reconstruídos cerca de 7,4 milhões de metros quadrados do asfalto das vias mais movimentadas da cidade e cujo revestimento esteja deteriorado pela ação do tempo. A obra está dividida em quatro lotes e contempla todas as regiões de Goiânia. Estima-se que cerca de 500 mil motoristas e usuários do transporte coletivo sejam atendidos com a reconstrução da malha viária dos bairros atendidos.
Pavimentação asfáltica de 31 bairros
Mais de três dezenas de bairros que surgiram depois de 2010 e que ainda não contam com asfalto serão pavimentados pela Prefeitura até o fim do ano que vem. Em treze desses bairros as obras já começaram e estão transformando o sonho de moradores em realidade. O objetivo, segundo o prefeito Iris Rezende, é levar dignidade às famílias dessas localidades, as quais convivem com poeira, na época da estiagem, e com lama, no período chuvoso.
Iris Rezende lembra, ainda, que todas as obras já iniciadas e outras que porventura sejam iniciadas no início do próximo ano serão entregues, no máximo, até o fim da sua gestão, em dezembro de 2020. O chefe do executivo municipal afirma que o grande volume de investimentos, que contempla também educação, saúde e drenagem urbana, é consequência do vitorioso trabalho realizado para reequilíbrio das contas do município, o que demandou esforços de toda sua equipe nos dois primeiros anos de gestão. “O dever de casa foi feito e agora estamos atendendo as demandas da população goianiense, porque o nosso objetivo, desde o início, é o de fazer de Goiânia a melhor e mais gostosa cidade de ser viver”, completa.