A Polícia Civil recebeu uma nova denúncia de assédio contra o pastor Davi Passamani, em Goiânia. O caso ganhou repercussão após uma veterinária, que frequentava a mesma igreja, fazer um desabafo em uma rede social falando sobre o ocorrido. A Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) já ouviu duas pessoas. O religioso nega o crime.
A primeira denúncia foi feita pela veterinária Gabriella Palhano. Ela contou que o assédio aconteceu há dois anos. Durante uma conversa, o pastor perguntou sobre a vida sexual dela, disse que queria sentir seu beijo e que teve um sonho com ela, o qual a vítima classifica como "horrível e nojento".
Nas redes sociais da igreja, um comunicado diz que o pastor foi afastado das suas funções ministeriais para tratamento médico especializado e que o Conselho Pastoral está tomando providências jurídicas e eclesiásticas com relação ao caso.
Desabafo em rede social
Gabriella disse que resolveu denunciá-lo agora porque teve informação de que o assédio teria ocorrido também com outra mulher. Em um vídeo divulgado nas redes sociais, a veterinária diz que precisou se reerguer antes de procurar a polícia e que pode provar o assédio. “Eu tenho testemunhas, as provas, áudios, prints, SMS, tudo”, afirmou.
A veterinária contou que foi orientada pelo sogro, que é policial e também pastor, a continuar a conversar para ver qual era o intuito de Passamani. Segundo ela, depois disso, o pastor fez uma chamada de vídeo e pediu que ela passasse a mão no pescoço e na barriga. Porém, quando ele pediu que ela tirasse a blusa, a mulher afirmou que não aguentou mais a situação e desligou.
Ela diz que Passamani pediu para não ser chamado de pastor e que ela fosse até a casa dele. Após ouvir o pastor questioná-la sobre questões relacionadas à vida sexual dela, a veterinária conta que ele disse querer sentir o beijo dela. Segundo a mulher, Passamani afirmou ainda que sonhou com ela.
Pastor inocente?
Em seu perfil na internet, o pastor Davi Passamani diz que é inocente pede perdão à igreja. Porém, ele não explica sobre qual situação ele se desculpa.
“Estou aqui para pedir perdão a todos vocês, para a igreja no Brasil, de Goiânia, pedir perdão para minha família, meus filhos, que hoje estão vendo a internet tomada por uma acusação muito séria”, disse.
Gabriella criou uma página em uma rede social para que outras vítimas possam denunciar os assédios sofridos.
Com informações do G1