Já pensou em ir para o trabalho junto com o seu pai e sua mãe? Essa foi a rotina diária por mais de seis anos da auxiliar de produção, Anatalia Maria de Jesus Souza da indústria de alimentos goiana, GSA.
Ela, o pai Pascoal Ribeiro de Souza e a mãe Ana Maria de Jesus, trabalham na mesma empresa. Há dois meses, Anatalia mudou de horário para poder ajudar a família a cuidar da irmã mais nova de sete anos. “Devido ao fechamento das escolas, não temos com quem deixar a minha irmãzinha”, afirma. O casal Pascoal e Ana Maria possuem quatro filhos. Pais e filha moram na mesma rua.
Pascoal, que é operador de máquinas, entrou primeiro na indústria. Logo após um ano, foi a vez de Anatalia. E em seguida, a auxiliar de produção, Ana Maria. “Minha mãe é meu orgulho. Vê-la trabalhando e desempenhado um trabalho é de extrema alegria para mim”, revela. A profissional conta que este é o primeiro emprego formal da mãe, que é analfabeta.
Segundo a analista de RH da GSA, Catarina Costa, muitas empresas preferem não contratar profissionais da mesma família, mas a indústria goiana acredita que essa aproximação não atrapalha, mas sim, beneficia. “Começamos testando o modelo de contratação de parentes e ficamos surpresos com o resultado. Os benefícios superam as expectativas, pois os colaboradores trabalham mais tranquilos sabendo que seus familiares estão seguramente empregados. A GSA funciona como uma grande família”, explica.
Conselhos
“Mesmo já adulta, aprendo muito com meus pais. Eles me motivam, me apoiam e me incentivam em ir à luta e vencer”, revela, Anatlia, que é mãe de duas crianças. “Com eles percebi que temos que valorizar o que temos, a nossa família e o nosso trabalho. Eles são exemplos para mim e para os meus filhos”.
A celebração
A data foi definida pela Organização das Nações Unidas (ONU). Essa comemoração foi criada para reafirmar a importância do núcleo familiar na formação dos indivíduos.