O requerimento para a instauração da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do transporte coletivo de Goiás proposto pelo deputado estadual delegado Eduardo Prado (Sem partido) conseguiu todas as assinatura necessárias para abrir a investigação.
A CPI vai investigar irregularidades nos contratos de concessão, além de analisar se as empresas que prestam o serviço possuem condições para melhorar a qualidade do transporte coletivo em Goiânia e região metropolitana, e a manutenção da frota integral durante a pandemia provocada pelo coronavírus.
O requerimento para a criação da comissão contou com a assinatura de mais de 14 deputados, e tem como objetivo investigar as questões financeiras e contábeis das empresas, no intuito de descobrir se elas tem condições de investir na melhoria do serviço prestado em Goiás.
O parlamentar justificou que a CPI é indispensável para analisar o equilíbrio econômico-financeiro dos contratos, para a manutenção dos acordos e restaurar a regularidade da prestação dos serviços no transporte coletivo em Goiânia e região metropolitana.
De acordo com o delegado a comissão vai fazer uma investigação mais sistémica e que a ideia é inclusive fazer uma auditoria nas empresas. Outro ponto que o parlamentar cita é a questão da liminar que obriga as empresas a atuarem com 100% da frota não estar sendo cumprida, mesmo com ela estando em vigor.
O deputado afirmou que a partir de agora tem 10 dias para a instalação da comissão e que os membros da CPI vão ser determinados pelo presidente da Alego, deputado Lissauer Viera (PSB).
O DM Online entrou em contato com a Companhia Metropolitana do Transporte Coletivo (CMTC) que informou que ainda não foi notificada sobre a instauração da CPI, e que assim que for informada vai se posicionar sobre o caso. Referente a questão envolvendo a frota de ônibus a CMTC respondeu que está fiscalizando a situação, e que conforme o decreto editado pelo governo estadual que obriga a carregar passageiros somente sentados nos veículos, não é possível atender a demanda sem deixar aglomerações nas plataformas.
A reportagem entrou em contato também com o consórcio RedMob para falar sobre o assunto e também sobre o cumprimento da liminar emitida pelo Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) para retomada de 100%.