Algumas academias de ginástica, que estão proibidas de funcionar devido ao covid-19, têm fraudado o decreto estadual que implementou a norma, em Goiânia. Alguns estabelecimentos foram flagrados recebendo alunos e funcionários desses locais confirmaram a situação.
No Jardim América, várias pessoas vestidas com roupas de ginástica foram vistas entrando em uma academia. Pela vidraça foi observado a movimentação delas, também de dentro do prédio, que a maioria não usava máscara.
No mesmo setor, mas em outra academia, as portas estavam fechadas. Portanto, nas redes sociais havia uma mensagem: "Quem treinar? Tenho novidades!". O responsável confirmou, por telefone, que a academia está funcionando. "Então, a gente está atendendo de porta fechada, com horário marcado. A gente está atendendo dez alunos por horário", declarou.
Uma das academias no Setor Universitário estava recebendo pessoas para treinar e, além disso, uma atendente confirmou que as matrículas estão abertas. "Estamos funcionando. Nossos planos estão a partir de R$ 169. Nós temos só quatro aulas por dia", alega.
Multas
De acordo com o coordenador do Centro de Fiscalização da Covid-18 em Goiânia, Dagoberto Costa, o descumprimento da ordem é considerado uma infração sanitária grave e pode ser tipificado como crime. O valor das multas para quem insiste em reabrir pode chegar a R$ 4,7 mil e, em caso de resistência, pode alcançar até R$ 75 mil.
Costa afirma que são centenas de denúncias por dia, por isso, mais de 20 equipes estão nas ruas todos os dias para fiscalizar o cumprimento da ordem.
Destino das academias
O decreto que proibiu a atividade das academias em Goiás devido a pandemia, foi publicado em 19 de abril. Logo, após o decreto federal assinado pelo presidente Jair Bolsonaro, que incluía as academias como "atividade essencial", a categoria conseguiu uma autorização na Justiça de Goiás para reabrir com 30% da capacidade, em 21 de maio.
No entanto, o Ministério Público entrou com recurso, que foi negado pelo Judiciário estadual. O órgão então recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF), que julgou o fechamento novamente.
*Com informações do G1