A Avon pronunciou hoje a demissão da executiva Mariah Corazza Ustundag, de 29 anos, após repercussão de denúncias de violação dos direitos humanos contra uma idosa de 61 anos. A empresa ainda notificou que está se mobilizando para prestar acolhimento à vítima.
Mariah mantinha em sua casa no Alto de Pinheiros, bairro nobre da zona oeste de São Paulo, uma senhora em condições análogas à escravidão. A idosa não identificada trabalhava para a família havia 20 anos.
A ex- executiva chegou a ser presa, mas foi liberada depois de pagar fiança no valor de R$ 2.100. O marido dela, Dora Ustundag, de 36 anos, também foi indiciado pela Polícia Civil (PC).
Em nota a Avon se pronunciou, "com grande pesar, a Avon tomou conhecimento de denúncias de violação dos direitos humanos por um de seus colaboradores. Diante dos fatos noticiados, reforçamos nosso compromisso com a defesa dos direitos humanos, a transparência e a ética, valores que permeiam nossa história há mais de 130 anos. Informamos que a funcionária não integra mais o quadro de colaboradores da companhia. A Avon está se mobilizando para prestar o acolhimento à vítima".
Denúncia
O Ministério Público do Trabalho (MPT), chegou a vítima graças a uma denuncia de trabalho escravo e violação de direitos humanos feita por meio do Disque 100, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.
A senhora resgatada foi contratada pela família como empregada doméstica no ano de 1998. Ela chegou a trabalhar sem registro em carteira por 13 anos, não teve férias e nem 13° salário.
Ontem a Justiça do Trabalho de São Paulo atendeu a um pedido feito pelo Ministério Público do Trabalho e bloqueou a casa da família para que não fosse vendida até o fim do processo. Também determinou a liberação de três parcelas do seguro desemprego para a vítima.
*Com informações do Uol.