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Presa babá suspeita de planejar a morte de mulher que sumiu ao desembarcar no aeroporto de Goiânia

Segundo a Polícia Civil (PC), mais uma pessoa foi detida por provável participação na morte de Lilian de Oliveira, 40 anos, após desembarque no aeroporto Santa Genoveva, em Goiânia, retornando de uma viagem a Colômbia.

Cleonice de Fátima Ferreira era a babá da filha da vítima, e segundo as investigações, foi morta com uma pancada na cabeça, e teve o corpo carbonizado em uma fornalha. As equipes que investigam o caso apontam que ela agiu na parte logística do crime, por ter interesse em ficar com a órfã, de 4 anos, após o assassinato.

Dois homens já estavam presos, suspeitos do crime. Já Cleonice foi detida nesta terça-feira (23), em Pires do Rio, no sul de Goiás e preferiu ficar em silêncio durante o depoimento. A investigação apontou que o empresário Jucelino Pinto Fonseca, que teve um relacionamento extraconjugal com a vítima, contratou um amigo, Ronaldo Rodrigues Ferreira, para executá- la.

Para a polícia, Cleonice "teria intermediado toda a ação criminosa, pois era a única pessoa que tinha contado direto com a vítima". Segundo o delegado Thiago Martiniano, o intuito dela era ficar com a filha de Lilian.

"A Cleonice tinha esse interesse de cuidar da filha da vítima. O plano de saúde da menina estava em nome da Cleonice, ela ia na escola, agia como mãe. Então nós não temos dúvida nenhuma que, de fato, o interesse da Cleonice nisso tudo foi a criança", enfatizou.

A corporação afirma ainda que ela negociou a passagem de Ronaldo para a Colômbia, quando teria ido para tentar matá- la numa primeira oportunidade. Além disso, por ter contato com a família de Lilian, teria atrapalhado as investigações, afirmando aos parentes que ela sequer havia voltado ao Brasil, "retardando o registro do desaparecimento".

Corpo desaparecido

Segundo as apurações, ela foi assassinada, teve o corpo jogado e carbonizado dentro da fornalha de um laticínio, pertencente a Jucelino. Ronaldo foi quem buscou Lilian no aeroporto, e confirmou em depoimento, que deu um golpe de marreta nela. Em seguida, ele parou o carro em um lixão, pois, segundo o delegado, havia combinado com Jucelino que só levaria o corpo para o laticínio depois do expediente. Já no laticínio, conforme a polícia, ambos teriam carbonizado o corpo e abandonado as cinzas.

Em decisão proferida em 22.06.2020, o juiz da 1° Vara Criminal dos Crimes Dolosos Contra a Vida converteu a prisão temporária de J.P.F. em prisão preventiva, bem como decretou a prisão preventiva de C.F.F. (que até então permaneceu em liberdade durante toda a investigação.

A decisão em comento atende a pedido da autoridade policial titular da Deic. Salienta- se que a medida se mostra descabida e desnecessária, pois, conforme o delegado já veiculou à imprensa por diversas vezes, as investigações já foram concluídas e, inclusive, o Inquérito Policial foi remetido ao Poder Judiciário em 19.06.2020.

*Com informações do G1

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