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Morre por coronavírus médico que atuava na linha de frente em Goianésia

O médico Flávio Fialho, 49 anos, assistia diretamente ao combate da infecção e morreu por complicações da doença, na última terça-feira (21), em Goianésia, distante 170 km da capital.

Segundo a Prefeitura da cidade, ele prestava atendimentos em pacientes com suspeita e casos confirmados de coronavírus, na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), Walter Augusto Fernandes.

Conforme o site G1, o profissional deixa quatro filhos de relacionamentos anteriores e a esposa, Tais Garcez da Silva. A vítima ficou 22 dias internada, sendo 12 em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Fialho era cirurgião e dermatologista.

Para Tais "ele amava a profissão. Trabalhava muito, fazia mais de 120 horas de plantão direto e, quando perguntado se estava cansado, ele dizia: 'Aqui é aroeira. Não canso não'. Sempre com o sorriso no rosto", rememorou.

Tais ainda ressaltou que o médico começou a perceber os sintomas no dia 29 de junho. No dia 1° de julho já iniciou os exames para o diagnóstico e monitoramento do avanço da doença.

"Saberia que poderia ser difícil a batalha, mas, quando aconteceu, ele ficou muito confiante. Passou comigo os sete primeiros dias em casa, se medicando. Estava tranquilo, sempre foi um homem de muita fé. [...] No dia 7, a saturação dele começou a cair. Levamos ao hospital, no mesmo dia ele foi para a UTI e tivemos que entubar ele no dia 9", justificou.

Homenagens

Com a repercussão da notícia, muitas pessoas que o conheciam estenderam as condolências à família e amigos. Colegas prestaram homenagem ao profissional, aplaudiram em frente a unidade de saúde, enquanto duas ambulâncias ficaram com as sirenes ligadas.

Igara Borges, primeira dama da cidade, declarou que ele era um profissional dedicado. "Ele lutou combatendo essa doença que, infelizmente, muitas pessoas não estão levando a sério. Ele deu a vida para ajudar as pessoas. Até o último instante, ele se preocupou com o mundo que ia deixar para os filhos".

Para a Prefeitura de Goianésia, o médico foi a 13° pessoa da cidade a morrer em decorrência do coronavírus. O município registrou 390 casos confirmados da infecção, dos quais 318 se recuperaram.

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